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Conquista: Professores marcham pelas ruas do Centro até a Prefeitura e cobram cumprimento do piso salarial

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Professores e professoras da rede municipal e estadual de ensino estão realizando, nesta quarta-feira (23), a 2ª Marcha Municipal em Defesa da Educação Pública, em Vitória da Conquista. Um dos principais focos do ato foi a cobrança pelo cumprimento da Lei do Piso Salarial Nacional do Magistério, que, segundo a categoria, segue sendo desrespeitada pela gestão da prefeita Sheila Lemos.


A mobilização, organizada pelo Simmp (Sindicato do Magistério Municipal Público de Vitória da Conquista), faz parte da 26ª Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública e reuniu docentes, estudantes e representantes da sociedade civil. A concentração começou na Praça Barão do Rio Branco e segue até a Prefeitura Municipal.

“Desde que assumiu a gestão, a prefeita Sheila Lemos não cumpre a lei do piso, e isso é inadmissível”, afirmou a presidente do Simmp, professora Greissy Leôncio. “Os professores estão aqui reunidos protestando e exigindo cumprimento da lei do piso, cumprimento do plano de carreira e melhores condições de trabalho.”

Entre as reivindicações locais estão o reajuste imediato de 6,27%, retroativo a janeiro; a recomposição do plano de carreira com devolução dos 13,25%; o pagamento integral da Regência de Classe (10% regular e 20% para classes com alunos especiais); além de infraestrutura digna para as escolas da cidade e da zona rural.

Greissy destacou ainda que os professores estão em paralisação nacional e que a mobilização faz parte de um movimento mais amplo contra o desmonte da educação pública. “Precisamos de mais investimentos na educação. Somos contra as privatizações e lutamos pela valorização da carreira dos professores.”

Durante o ato, faixas, cartazes e falas livres tomaram conta das ruas. A presidente do Simmp também comentou sobre as dificuldades em manter o diálogo com a Prefeitura: “Estamos aguardando uma nova reunião com o Executivo. Teríamos uma reunião amanhã, mas já foi desmarcada. Essa situação não pode mais se arrastar como tem sido tratada.”

Ao final da marcha, os participantes serão recebidos com a tradicional feijoada do Simmp. “Essa feijoada já faz parte do calendário de mobilizações do sindicato. Mais um ano, estamos cumprindo essa agenda com luta e resistência”, completou Greissy.

A mobilização também contou com a participação de representantes da rede estadual. O professor Tony Alcântara, dirigente da APLB (Sindicato dos Trabalhadores em Educação), destacou a união entre os trabalhadores das duas redes: “A luta é por um piso salarial digno, pela reformulação do Planserv e por melhores condições para todos. Essa marcha é importante para a educação em Conquista, no estado e no Brasil.” Segundo ele, unir forças com o Simmp fortalece a mobilização da classe docente.

Além das pautas locais, os manifestantes também levaram às ruas reivindicações nacionais, como a defesa da escola pública, gratuita e de qualidade, o fim do projeto “Escola Sem Partido” e a rejeição à escala 6×1, que precariza a jornada de trabalho dos educadores.

A expectativa agora é que a Prefeitura reabra a mesa de negociações e apresente propostas concretas à categoria. Até lá, o movimento segue mobilizado.

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