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Conquista: Prefeitura afirma que demolição do barracos de 300 famílias foi previamente avisada e moradores tentavam comercializar os terrenos

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Foto: Print/ TV Sudoeste

A desocupação de cerca de 300 famílias de um terreno nas proximidades da estrada de Barra do Choça, nesta quinta-feira (24), em pleno feriado de São João gerou revolta e indignação dos moradores. Os barracos feitos de lona começaram a ser derrubados ainda de madrugada por volta de 5h da manhã. A ocupação havia ocorrido há cerca de 40 dias, os moradores são pessoas que não têm para onde ir, sendo uma sua maioria desempregados.

A Prefeitura ainda não havia se manifestado até o começo da noite, quando enviou uma nota para alguns blogs locais. No texto, a Prefeitura afirma que já havia notificado os moradores sobre a desocupação, tendo também solicitado que os moradores, que alegam não ter um local para ir, saíssem voluntariamente.

A nota diz ainda que as pessoas estavam comercializando o terreno, que pertence ao município e estaria destinado a um equipamento público não especificado na nota.

Os moradores por outro lado alegam que não foram notificados da desocupação. Uma reportagem da TV Sudoeste informou que os barracos foram derrubados sem que fosse apresentada nenhuma documentação ou ação judicial respaldando a ação.

Dentro os moradores estão crianças e idoso, que perderam tudo que tinham, incluindo agasalhos, moveis e alimentos doados. Para agravar a situação, além do inverno, eles vão enfrentar a pandemia de Coronavírus sem abrigo, uma vez que nenhum local foi providenciado para receber os moradores do terreno.

Confira a matéria: 

 

Confira a nota: 

A Secretaria Municipal de Infraestrutura Urbana (Seinfra) esclarece que a área em questão pertence ao Município e está destinada a um equipamento público, não se trata de assentamento.

Esclarece ainda que, meses atrás, a Prefeitura tomou conhecimento da instalação de barracos e de que os ocupantes estavam comercializando os terrenos.

Diante disso, continua a Seinfra, foi feito contato com os ocupantes, em várias oportunidades, explicando se tratar de área institucional e solicitando a não comercialização da mesma, além de solicitar a desocupação voluntária, inclusive notificando os que permaneciam no local.

Mas, as recomendações não foram seguidas, obrigando à ação de desocupação da área na manhã desta quinta-feira.

A Seinfra afirma que não houve nenhum acordo, conforme noticiado, com essas pessoas que tentavam comercializar ilegalmente aquela área.


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