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Conquista: Prefeita Sheila Lemos defende que cotas para mulheres na política deveria levar em consideração as cadeiras ocupadas, e não apenas candidaturas

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A prefeita de Vitória da Conquista, Sheila Lemos (União Brasil), expressou sua posição crítica às cotas para candidaturas de mulheres em partidos políticos durante entrevista ao programa Brasil Notícias, na rádio Brasil FM, na manhã desta sexta-feira (28). De acordo com ela, essas cotas, para que sejam eficientes, deveriam levar em consideração o número de cadeiras ocupadas por mulheres, e não apenas candidaturas.

Lemos criticou a efetividade das cotas de gênero na política, afirmando que elas não garantem uma participação equitativa das mulheres. “Essa lei para que 30% de candidaturas nos partidos sejam femininas não garante que as mulheres ocupem esses espaços”, opinou.

Para a prefeita, a solução está na reserva de cadeiras específicas para mulheres, não apenas em cotas de candidatura. “Minha opinião é de que a cota deveria ser de cadeiras para que as mulheres comecem participar mais da política”.

Em sua opinião, a introdução de cotas de cadeiras seria um passo importante para incentivar as mulheres a participarem mais ativamente da política. “Eu acho que nesse início, a cota de cadeiras ajudaria bastante a que as mulheres tivessem coragem e vontade de arregaçar as mangas e participar do processo político partidário”, concluiu.

A prefeita ressaltou que a participação de mulheres em espaços de poder está aumentando, porém com lentidão. “As mulheres estão ocupando espaços de poder. É claro que a passos lentos, a gente queria que fosse um pouco mais rápido, mas isso vem mudando e não só no campo da política, no campo empresarial e nas instituições”, afirmou.

Sheila Lemos destacou a presença feminina crescente em diversas áreas de liderança, lembrando sua própria trajetória como a segunda mulher presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Vitória da Conquista, uma instituição com 60 anos de história. “Eu fui a segunda mulher presidente de uma instituição que tem 60 anos, a CDL, Cláudia Dutra foi a primeira presidente, eu era vice dela, depois me tornei presidente”, recordou.

A Lei das Eleições (Lei nº 9.504/1997) estabeleceu que cada partido deve preencher um percentual mínimo de 30% de candidaturas femininas entre seus candidatos em eleições proporcionais.

O objetivo da lei é assegurar a participação mais igualitária entre homens e mulheres que concorram a cargos eletivos do poder legislativo.

No entanto, com frequência, são identificadas fraudes às cotas de gênero, por meio das popularmente conhecidas “candidaturas laranjas”, artifício utilizado para simular o preenchimento mínimo de 30% de mulheres candidatas por cada partido. 


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