Nos últimos dias, doadores estão enfrentando dificuldades para doar sangue no Hemocentro Regional de Vitória da Conquista. Várias são as reclamações de pessoas que estão dispostas a doar, mas não estão conseguindo O motivo é a falta de estrutura e de equipamentos no local. Atualmente, o Homoba funciona dentro do Hospital Geral.
Durante a epidemia de dengue, a necessidade de pessoas necessitando de doações aumentou Para atender a alta demanda, o Hemoba necessita de estoque. Mas, com dificuldade de atender os doadores, está faltando sangue para quem precisa.
Em contato com o Blog do Sena nesta terça-feira (12), uma mulher denunciou a situação. Segundo ela, uma pessoa da sua família está com dengue hemorrágica e precisando de doação de plaquetas. A família mobilizou pessoas da cidade de Mirante que vieram em um ônibus para realizar a doação de plaquetas no Hemoba. No entanto, foram impedidos.
“Estamos com um paciente da família no Hospital de Base, ele está com as plaquetas baixas, com dengue hemorrágica, e conseguimos um ônibus que veio de Mirante para doar as plaquetas, para ele fazer uma pulsão. E, simplesmente o Hemoba falou que não tem estrutura para colher as plaquetas de ninguém. Um descaso enorme com a família, com as pessoas que vieram de Mirante, inclusive para outros pacientes também. Estão tratando com descaso”, disse.
Um outro homem também denunciou a situação. Segundo ele, a justificativa foi de que o Hemoba não possui estrutura adequada para realizar a coleta de sangue para aquela quantidade de pessoas. “Estamos aqui hoje fazendo uma campanha de doação de sangue por conta da demanda, por conta da dengue e o Hemoba simplesmente está sem estrutura para receber as pessoas. Algumas pessoas já foram barradas na porta”, contou.
As reclamações dos cidadãos poderão ser solucionadas com a entrega da nova unidade do Hemoba que está sendo construída pelo Governo do Estado da Bahia. O local será especialmente para atender as demandas de doação de sangue e serviços afins.
Em nota enviada ao Blog do Sena, a Fundação Hemoba, que administra o Hemocentro Regional de Vitória da Conquista, afirmou que a previsão é que o equipamento seja entregue no final do primeiro semestre. “As obras do Hemocentro Regional de Vitória da Conquista estão em estágio avançado, alcançando a marca de 80% de conclusão. A previsão é que a nova unidade seja entregue no final do semestre, representando um marco significativo para a melhoria dos serviços de coleta e transfusão na região”, disse a Fundação.
Com um investimento total de R$ 4 milhões, o Hemocentro Regional terá uma moderna infraestrutura que será fundamental para a realização do cadastro de medula óssea e a coleta de sangue, atendendo candidatos voluntários, convocados, reposição, além de receber demandas espontâneas, grupos organizados e campanhas de mobilização social.
Segundo a Fundação Hemoba, o novo espaço contará com outros serviços. “A unidade também contará com serviços como o processamento de bolsas de sangue dos doadores, testes imunohematológicos de receptores e expedição de hemocomponentes. Além disso, serão oferecidos serviços de transfusão ambulatorial, atendimento médico e de enfermagem para pacientes com DF, farmácia para dispensação de medicamentos, assistência social para encaminhamentos de demandas dos pacientes e produção de plaquetas e crio para suporte transfusional dos pacientes”, explicou.
Para a Fundação, “a conclusão desta obra não apenas expandirá a capacidade de atendimento, mas também permitirá melhorias substanciais nas condições de trabalho e no ambiente para os doadores, promovendo uma experiência mais positiva e acolhedora”, destacou.
Os voluntários interessados em doar sangue ou no cadastro para doador de medula óssea devem comparecer a unidade portando um documento oficial com foto, estar bem de saúde e pesar mais de 50 kg. A Hemoba em Vitória da Conquista funciona para coleta de sangue de segunda a sexta-feira de 7h30 às 12h. Os grupos acima de 20 pessoas devem agendar a doação através dos telefones (77) 3427- 4501/2060 ou e-mail [email protected] para que possamos organizar o fluxo de doadores no período.