Em sessão virtual da Câmara de Vereadores desta quarta-feira (29), o vereador Rodrigo Moreira (PP) falou sobre o valor gasto com os cargos mais altos criados para a Guarda Municipal, preenchidos por meio de nomeação da gestão municipal.
De acordo com o vereador, foram criados sete cargos, como de ouvidor e corregedor, que têm altos salários, representando um gasto mensal de quase R$ 50 mil, sem que antes a Guarda esteja nas ruas. Moreira questionou a justificativa de que esses cargos seriam para organizar a Guarda, uma vez que são muitos cargos e que apenas o comandante seria suficiente. Ele classificou os cargos como “cabides de emprego” da Prefeitura.
“É inadmissível nós vermos isso: uma formação de cabide eleitoral na Prefeitura. Nós temos lá o comandante, R$ 10 mil, sub-comandante, R$ 7 mil, ouvidor R$ 4-5 mil, corregedor, R$ 4-5 mil, inspetor geral, inspetor regional. Agora me digam para quê ouvidor, para quê corregedor e para quê inspetor, se não existe nenhum guarda na rua? Até agora só foi feito exame de sangue nos agentes”, questionou o vereador.
O vereador apresentou um requerimento à Câmara de Vereadores, solicitando que a Prefeitura enviasse a relação de todos os cargos nomeados para a Guarda Municipal e as funções específicas dos mesmos. O requerimento foi aprovado pela maioria dos vereadores.
Esse não é o primeiro gasto público com a Guarda que chamou a atenção. No início desse mês, a Secretaria Municipal de Administração de Vitória da Conquista enviou para apreciação uma ata de inexigibilidade de licitação para ser apreciada pela Comissão Permanente de Licitação com o objetivo de contratar uma psicóloga para fazer a avaliação psicológica do dos agentes, que ficou orçada em R$ 50 mil.
A previsão feita pelo prefeito Herzem Gusmão é de que a Guarda esteja nas ruas no segundo semestre desse ano sem a utilização de armas letais. Contudo, ainda não se sabe se a pandemia de Coronavírus pode interferir nessa previsão e prolongar esse prazo.
