Na última segunda-feira (25), uma jovem foi acusada de roubar miçangas em um Armarinho muito tradicional por vender artigos de costura e artesanato de Vitória da Conquista. Ela se dirigiu ao Disep (Distrito Integrado de Segurança Pública) para registrar uma queixa e, em vídeo divulgado nas redes sociais, ela relatou que não cometeu nenhum crime e que foi vítima de injúria racial durante a abordagem do funcionário da loja, o que gerou grande repercussão e indignação entre os internautas.
De acordo com o relato da jovem, ela entrou no armarinho com o intuito de comprar alguns itens para confeccionar um adereço para a umbanda, conhecido como “guia de Iemanjá”. A jovem levou consigo algumas peças que já possuía, para comparar com as mercadorias da loja. Ela afirma que foi abordada de forma agressiva por um homem que, sem justificativa, acusou-a de ter roubado os itens.
A jovem continuou seu relato, descrevendo momentos de humilhação dentro da loja: “Eu já tava sendo perseguida. Desde o momento que entrei na loja, eu já fui abordada com violência. O cara já veio falando que era pra eu tirar as coisas dentro da minha bolsa”, explicou.“Isso só acontece com pessoa preta”, afirmou, demonstrando sua indignação com o tratamento discriminatório.
O caso gerou grande repercussão nas redes sociais. Muitos internautas expressaram solidariedade à jovem, repudiando a atitude do funcionário. A jovem, visivelmente abalada, afirmou que não quer que a situação passe impune e pediu para que outros não sofram o mesmo preconceito: “Eu não quero que isso passe impune, eu não quero que outras pessoas sofram o que eu estou sofrendo”, disse.
Hoje, na terça-feira (26), o caso foi noticiado também no programa Bahia Meio Dia, da TV Sudoeste. O Blog do Sena entrou em contato com o Armarinho para que o estabelecimento pudesse divulgar seu posicionamento, mas até o fechamento dessa matéria, não houve resposta.