Na manhã dessa quarta-feira (19), foi inaugurada no Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGVC) uma sala exclusiva para a aplicação gratuita do Palivizumabe, um medicamento que costuma ser indicado para crianças que nasceram prematuras ou que são cardiopatas.
O Palivizumabe é um imunobiológico – medicamento que corresponde a anticorpos – que tem como objetivo induzir a imunização contra o Vírus Sincicial Respiratório. Trata-se de um medicamento de altíssimo custo: cada caixa pode chegar a uma média de 8 mil reais. No entanto, o Estado garante a administração do Palivizumabe de forma gratuita, totalmente coberta pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
Apesar de ser aplicado de forma injetável, o agente imunobiológico não é uma vacina. Mesmo assim, evita hospitalizações e formas graves de doenças do trato respiratório (como a bronquiolite), principalmente em bebês de risco.
Há cerca de três anos, o HGVC vem fazendo a administração do Palivizumabe em bebês com prescrição médica de toda a região Sudoeste do Estado. Agora, isso será feito em uma sala equipada, localizada numa área em que não há contato com outros pacientes da unidade, e contando com uma equipe composta por enfermeiro responsável, responsáveis técnicos e médico.
Quando passa pela UTI Neonatal do HGVC, o bebê já recebe alta com a prescrição para tomar o Palivizumabe. A enfermeira responsável cadastra a criança e aciona a equipe para seguir mantendo o contato com os responsáveis, no intuito de reforçar a importância de estar sempre com a aplicação do imunobiológico em dias.
O prematuro vai tomar o imunobiológico por um ano, recebendo cinco doses no total. Já os bebês cardiopatas tomam por um período maior: são dois anos, totalizando dez doses.
Para quem o Palivizumabe é indicado?
• Crianças prematuras nascidas com idade gestacional menor ou igual a 32 semanas (até 32 semanas e 6 dias), com idade inferior a 1 ano (até 11 meses e 29 dias) – sendo a Bahia o único Estado do país que oferta o imunobiológico por esse tempo;
• Crianças com idade inferior a 2 anos (até 1 ano, 11 meses e 29 dias), com cardiopatia congênita, e que permaneçam com repercussão hemodinâmica, com uso de medicamentos específicos;
• Crianças com idade inferior a 2 anos (até 1 ano, 11 meses e 29 dias) com doença pulmonar crônica da prematuridade (displasia pulmonar) e que continuem necessitando de tratamentos de suporte, tais como o uso de corticoide, diurético, broncodilatador ou suplemento de oxigênio, durante os seis últimos meses anteriores ao cadastramento.
