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Conquista: Homem trans é agredido na rua e sofre discriminação ao procurar atendimento no Hospital de Base

Print: repprtagem da TV Sudoeste

Um homem trans foi agredido no meio da rua em Vitória da Conquista na segunda-feira (12). A vítima estava chegando em casa quando o agressor o abordou.

Em entrevista a TV Sudoeste exibida na noite desta terça-feira (13), a vítima que preferiu não ser identifica disse que a agressão aconteceu quando estava chegando na casa da sua companheira quando foi agredido por um casal.

Ele disse que começou a ser agredido pelo homem. Mas quando caiu no chão, a mulher começou a agredi-lo com tijoladas na cabeça. A vítima informou que tem uma deficiência na perna direita.

Homem transsexual é um homem que foi designado ao sexo feminino no momento do nascimento, mas se reconhece como um homem. As agressões que ele sofreu além de físicas foram verbais. Os agressores ainda invadiram a casa da vítima.

“Teve muita agressão verbal, ela ame batia dizendo que estou me vingando, eu já matei, é para matar, vamos matar. Aí aí eu consegui entrar em casa porque eu estava sangrando muito. Foi onde ele invadiu minha casa, junto com ela, invadiu o quarto dos filhos da minha companheira, para tentar agredi-los, aí um amigo meu que estava lá não permitiu, os vizinhos também tentaram tirar, mas ele disse que tinha que morrer todo mundo e que ia morrer todo mundo”, disse a vítima.

De acordo com informou a vítima a TV Sudoeste, a Polícia Militar e o Samu foram chamados e o atendimento médico começou ainda na ambulância. No entanto, ele relatou que ao chegar no Hospital Geral de Vitória da Conquista sofreu uma outra violência, a social, pelo fato de não ter ainda sua documentação com seu nome masculino.

“Pelo fato de eu ser um menino trans e ainda minha documentação regularizada, o atendimento se recusou em respeitar minha condição que é coberta pela lei. Que ainda que meu registro não seja feito eu tenho direito de ser chamado como eu me enxergo.

Na reportagem, a Presidente da Comissão de Diversidade e Identidade de gênero da OAB, Sandra Paiva, explicou que é direito da pessoa transgênero usar o nome social.

“Nós temos um Decreto Federal que regulamenta. É direito do transexual, é direito do travesti, usar o nome social, usar o nome que ele se identifica. Infelizmente no Hospital de Base esse atendimento não aconteceu.

Ainda de acordo com a reportagem, a vítima recebeu atendimento só após a presença de um advogado que exigiu que os direitos dele fosse respeitado. No Brasil, de 2010 a 2018, 868 pessoas trans foram mortas. Só este ano foram 80 mortes, de acordo com dados a Associação Nacional de Travestis e Transexuais.

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