Na manhã desta sexta-feira (28), a Guarda Municipal de Vitória da Conquista, em parceria com secretarias municipais e com o apoio de outras forças de segurança, realizou uma operação na Avenida Filipinas, no bairro Felícia, em frente à Unidade de Pronto Atendimento (UPA). A ação teve como objetivo a retirada de barracos instalados no canteiro central da avenida, que eram ocupados por pessoas em situação de rua e, segundo relatos, vinham sendo utilizados para tráfico e consumo de drogas.
A operação foi motivada por inúmeras queixas de moradores, comerciantes, pacientes e funcionários da UPA e do Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGVC). Entre as principais reclamações estavam furtos em estabelecimentos comerciais, roubos com uso de arma branca, importunação sexual de transeuntes e brigas frequentes entre os ocupantes dos barracos, que geravam insegurança na região.
Antes da remoção dos barracos, a Guarda Municipal já havia realizado uma abordagem no local. Durante a ação, oito pessoas foram revistadas, sendo cinco homens e três mulheres. Com um homem e uma mulher, foram encontradas três porções de maconha e 15 pedras de crack, além de R$ 1.162 em espécie e quatro aparelhos celulares.
A Prefeitura informou que as equipes da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e de Saúde iniciaram o processo de encaminhamento dos moradores para a rede de acolhimento do município. Os serviços disponíveis incluem o Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop) Adulto, Centro Pop Criança e Adolescente, abrigos provisórios e Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), além do Serviço Especializado de Abordagem Social, que atua de segunda a sábado oferecendo suporte e direcionamentos necessários.
Além da Guarda Municipal, participaram da operação agentes do Simtrans, que realizaram o bloqueio das ruas para administrar o trânsito, e a Secretaria Municipal de Serviços Públicos (Sesep), responsável pela limpeza do local após a remoção dos barracos. De acordo com a Prefeitura, os pertences pessoais retirados foram encaminhados ao Deserg e ficarão à disposição dos moradores.
Embora a operação tenha sido justificada por denúncias de crimes e insegurança, a questão do acolhimento dessas pessoas e da garantia de alternativas reais de moradia e reintegração social segue incerta.
