Em dezembro de 2019, o prefeito Herzem Gusmão (MDB) enviou para a Câmara de Vereadores um projeto de lei visando aproveitar 350 agentes de segurança patrimonial para a criação de uma Guarda Municipal. Em fevereiro de 2020, sob o pretexto de organizar a Guarda, cargos de confiança foram criados, com salários que perfazem o montante de R$ 50 mil mensais.
Ao todo são sete cargos: Comandante e subcomandante com média salarial de R$ 10 mil; Corregedor, cerca de R$ 7 mil; Inspetor Geral com salário em torno de R$ 6 mil; dois Inspetores Regionais com média salarial de R$ 6 mil; e um Ouvidor Geral, também com salário de mais de R$ 6 mil. Como os ocupantes desses cargos começaram a receber em fevereiro de 2020, de lá para cá, os gastos com os salários desses servidores do “alto escalão” da Guarda, superam R$ 650 mil, sem contar benefícios como 13º e férias.
Mesmo sem estar nas ruas, os custos da Guarda aos cofres municipais não param por aí, somente com o processo de avaliação psicológica a Prefeitura gastou R$ 50 mil, custando R$ 300 reais cada avaliação.
Os altos gastos da gestão municipal com a Guarda foram duramente criticados por diversos vereadores. Na sessão da Câmara na última quarta-feira (04), o vereador Chico Estrella (PTC), citou os gastos com a Guarda no roll de gastos desnecessários realizados pela administração municipal. “Já foram gastos mais de 1 milhão de reais sem ter um único guarda nas ruas. Recentemente, nossa prefeita foi ao Ministério da Justiça pedir a regulamentação dessa Guarda. É a mesma coisa de um pedreiro começar a construir uma casa pelo telhado”, criticou o vereador.
Quando foi criada, a previsão dada era de que a Guarda Municipal estivesse nas ruas no segundo semestre do ano passado, com o uso de armas não letais, o que não se concretizou também em virtude da pandemia de Coronavírus. Em dezembro do ano passado, um banca foi escolhida para realizar um concurso público para a contratação de mais efetivo Guarda, no entanto, não existe uma previsão para a publicação do edital.