Em reportagem exibida pela TV Uesb, oSindicato do Magistério Municipal Público de Vitória da Conquista (SIMMP) foi procurado para falar sobre o reajuste salarial dos profissionais do magistério, garantido pela Lei do Piso. Na ocasião, a presidente do Sindicato, professora Greissy Reis, criticou o fato de a Prefeitura postergar o reajuste até maio, sob a justificativa da data-base, deixando os professores sem o retroativo dos meses anteriores.
“Pela Lei, esse reajuste é aplicado em 1º de janeiro de cada ano. Aqui em Conquista não acontece isso, o município deixa congelado o salário dos professores até maio, descumprindo a lei do piso e descumprindo o plano de carreira”, criticou a presidente.
A demora afeta principalmente os salários dos profissionais com anos de experiência, que acabam recebendo valores iguais aos dos recém-ingressos, uma vez que o reajuste concedido pela administração municipal incide apenas sobre as células iniciais da tabela. A situação aumenta o sentimento de desvalorização e desrespeito por parte dos servidores em relação à atual administração.
“Quando você não reajuste o salário dos professores de forma linear, você provoca um achatamento na tabela, você quebra a tabela, todos os percentuais da nossa tabela acabam sendo prejudicados, acabam sendo descumpridos, porque ele aplica apenas nas primeiras células aquelas que ficam abaixo do piso”, disse Reis.
A Coordenadora Pedagógica do Cmei Tia Zaza, Larissa, ouvida pela reportagem cobrou o cumprimento da lei: “além de merecermos pelo trabalho que desenvolvemos, está na lei, né? E lei precisa cumprir”.
A diretora da mesma unidade, Jussiara, relembrou o impacto positivo que o reajuste, que ficou acima da inflação, poderia ter na situação financeira dos servidores se fosse cumprido. “Esse reajuste seria muito bem vindo nesse momento, né? Com alta de preços, inflação, a dificuldade das coisas… tudo isso iria melhorar com esse valor reajustado”.
A presidente do SIMMP já havia denunciado e cobrado a resolução da situação durante a Jornada Pedagógica 2025, na presença da prefeita Sheila Lemos e do secretário de Educação Edgard Larry. O Sindicato não critica apenas a demora no reajuste, mas também a falta de diálogo com que a atual administração trata a categoria docente.