Os cortes salarias já foram iniciados pelo governo Herzem Gusmão em Vitória da Conquista. Mais uma vez, os profissionais da educação municipal sentem o impacto da crise do Coronavírus refletido em suas remunerações.
Após professores contratados da zona rural serem notificados sobre a possibilidade de sofrerem uma redução de 20% de seus salários, os professores da zona urbana tiveram 50% de seus salários cortados. Isso porque, com a suspensão das aulas, a gestão municipal pode suspender o salário adicional de 20 horas. Assim, ao invés de serem pagos com base na jornada semanal de 40 horas, os professores serão pagos com base na jornada de apenas 20 horas semanais.
Os professores contratos pelo município são pagos com recursos do do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb), que foram mantidos. Assim, não há justificativa para a redução salarial. O corte deve ser mantido enquanto as aulas estiverem suspensas.
Em contato com o Blog do Sena nesta quarta-feira (22), os professores da zona urbana afirmaram que foram informados hoje dessa redução. Além de serem pegos de surpresa, os servidores estão indignados e preocupados com o corte, uma vez que já possuíam compromissos prévios a serem honrados.
“Fomos surpreendidos e não tivemos tempo para nos prepararmos para receber só por 20 horas. Se o salário vem do Fundeb, por que a PMVC quer cortar? No momento mais difícil de pandemia, onde precisaríamos de mais apoio, fomos apunhalados. Muitas colegas professoras como eu estão em desespero. Muitos maridos autônomos estão parados e essa era a única renda da família”, declarou uma professora.
Em contato com a nossa reportagem, a presidente do Sindicato do Magistério Municipal Público de Vitória da Conquista (SIMMP), Ana Cristina Novais, confirmou o corte. Ela afirmou ainda que o prefeito pretendia fazer um corte integral dos salários, mas recuou diante da intervenção do sindicato.
Nossa reportagem está tentando entrar em contato com a Secretaria Municipal de Educação para saber qual a justificativa para o corte salarial.