O Complexo de Hospitalar de Vitória da Conquista (CHVC), que administra a UPA e o Hospital de Base, divulgou um nota esclarecendo a superlotação na Unidade de Pronto Atendimento, registrada na última segunda-feira (18).
Segundo o texto, somente no período de 12 horas, foram realizados 232, atendimentos, sendo que a maior parte dos pacientes eram classificados como “Verde” segundo o Protocolo de Manchester, que indica a gravidade do paciente, sendo a cor verde a indicação de menor gravidade. Dos 232 pacientes atendidos, 11 foram classificados como Azul, 138 como Verde, 82 como Amarelo e apenas 01 como Vermelho.
A direção do CHVC atribuiu a alta demanda de pacientes “verdes” à falta de atendimento nas Unidades Básicas de Saúde, que são de responsabilidade da administração municipal. “Esses casos são passíveis de atendimento na atenção primária, incluindo medicações orais, exames complementares e consultas ambulatoriais com especialistas”, diz o texto.
A superlotação já foi registrada no Hospital de Base, com pacientes internados nos corredores. A direção disse, na ocasião, que mesmo superlotado, buscava oferecer o melhor atendimento possível a quem procurava o serviço.
Empurra, empurra
Não é a primeira vez que a direção do CHVC atribui a superlotação nas unidades de saúde que deveriam tratar da média e alta complexidade à falta de atendimento na atenção básica. O governador Jerônimo Rodrigues (PT) já esteve na cidade e se colocou à disposição para tratar do assunto e buscar soluções.
O secretário municipal de Saúde, Vinícius Rodrigues, concedeu uma entrevista no início do mês reclamando da falta de investimentos estaduais na saúde do município. Ele alegou ainda que o município cobre parte da média e alta complexidade, através do custeio da parte pública dos hospitais Unimec e São Vicente.
No meio do imbróglio fica a população que já não sabe para onde correr quando precisa de atendimento médico.