Os veículos apreendidos que estavam no Distrito Integrado de Segurança Pública (Disep) começaram a ser removidos nessa segunda-feira (22), em Vitória da Conquista. A operação realizada pela Polícia Civil da Bahia. Ao todo, são mais de 190 carros e aproximadamente 450 motocicletas, que estão no interior do Disep e imediações do prédio.
A retirada dos veículos do local é uma demanda antiga dos moradores do bairro Jurema que há anos reclamava da situação. Além de uma questão situação de saúde pública, com possíveis focos do mosquito de dengue e animais peçonhentos, a situação também gerava insegurança para o moradores.
Em entrevista ao Brasil Notícias, nesta terça-feira (23), o diretor Polícia Civil do Interior (Dirpins), o delegado Roberto Júnior, explicou que a ação está sendo acompanhada por policiais civis nesse primeiro momento. Segundo ele, uma empresa de segurança será contratada para a operação.” Nós fizemos uma escala extra de policiais civis. Então, enquanto não for contratada a segurança armada, nós vamos ter lá 24 horas por dia, dois policiais civis em escala extra, de plantão, para fazer a custódia do pátio. Então, com isso, ontem, nós iniciamos toda uma limpeza do pátio. Nós estamos readequando o pátio, nós estamos arrumando os carros lá, muitos sucatos, porque foram incendiados”, disse Júnior.
A operação conta com o apoio da Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista com o empréstimo de máquinas para a realização da limpeza, além de empresários da cidade. Todos os veículos retirados serão transportados O Complexo da Polícia Civil, localizado na Avenida Brumado, bairro Brasil, que está em reforma e sendo sendo preparado para receber todos os veículos. Novas guaritas de segurança foram construídas.
“Agora nós vamos organizar todos os veículos que estão no Disep, nós vamos levar e organizar lá e tirar 100% dos veículos apreendidos. Prioritariamente, vamos tirar os veículos que estão no entorno para de imediato dar uma tranquilidade a toda a comunidade ali do bairro Jurema”, contou Júnior.
De acordo com o delegado Fabiano Aurich, a ideia inicial para resolver o problema era realizar um leilão dos veículos apreendidos. No entanto, a pandemia da Covid-19, atrasou os planos. “Em 2019 a gente foi autorizado a tirar os carros de lá, uma empresa particular assumiu a segurança porque ia ter um leilão. E naquele momento a gente levou os veículos, começamos a esvaziar aquela região, deu um alívio para a população de lá. Mas, por conta da pandemia, o leilão foi suspenso, todo o processo foi encerrado, paralisado, e aí nós começamos a ter furto de material lá dentro e fogo, pegou fogo lá duas vezes naquele pátio, nesses anos de 2020 para cá”, explicou Aurish.
Além dos moradores, a retirada dos veículos apreendidos também é uma solicitação antiga da própria Polícia Civil. Segundo Aurisch, a Delegada-Geral da Polícia Civil, Dra Heloísa Brito, foi fundamental para a ação se tornar realidade, assim como a atuação do delegado Roberto Júnior.
“Quando ele veio assumir o cargo de diretor, ele já veio com certa facilidade porque ele reconhecia bem a minha demanda e a minha choradeira, era como ele falava. E aí ele veio trabalhando, conheceu o pátio, conheceu a situação, aí veio com a gente, veio a nova proposta, foi em cima da nossa chefinha da polícia mostrando todos os detalhes de tudo o que está acontecendo realmente. (…) A população já estava cansada porque (as cobranças) não tinham resultado. E nós também já estávamos cansados”, disse Aurish.
