Nesta sexta feira, 24 de julho, o Coletivo em Defesa da Atenção Básica, que é uma comissão de servidores da saúde do município (com representantes dos diversos setores e inclusive dos serviços gerais) foi ao sindicato para buscar esclarecimentos sobre como está a discussão referente à insalubridade. Recentemente o Prefeito Herzem Gusmão publicou um decreto em que concedeu adicional em grau máximo para os servidores que trabalham no SAMU 192 e no Centro de Referencia COVID, mas deixou de fora os servidores da atenção básica – que representam aproximadamente 95% da rede.
Ocorre que a porta de entrada do sistema de saúde são as Unidades de Saúde da Família e Unidades Básicas de Saúde, onde a população assintomática ou sintomática transita, ainda sem diagnósticos. Atualmente os testes rápidos têm sido realizados nessas unidades, por estes servidores, que trabalham com EPIs menos sofisticados que os do SAMU e Centro COVID – o que faz que o seu risco de contágio seja ainda maior. Vale ressaltar que todos os pacientes encaminhados aos serviços referenciados passam anteriormente pelas unidades básicas. De acordo com o boletim da PMVC, no dia 18 de julho já existiam 270 profissionais da saúde infectados.
A direção do SINSERV informou aos servidores que vem pressionando a Prefeitura para que pague o adicional em grau máximo, mas que as respostas são sempre evasivas e até o momento não foi apresentada nenhuma justificativa para essa diferenciação de pagamento. A Comissão levou ao conhecimento do sindicato a indignação e estado de ânimo da categoria, face ao desrespeito da gestão com quem está na linha de frente do combate ao COVID. Foi sugerido a realização de uma assembleia online, para que possa haver um direcionamento coletivo, e a diretoria do SINSERV pediu o prazo de uma semana para tentar ter um retorno oficial da PMVC sobre o tema.
