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Conquista: Com maioria bolsonarista, Câmara reprova moções e indicações feitas pela bancada de oposição

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A Câmara de Vereadores poderia ser denominada de “bancada bolsonarista conquistense”. Há muito tempo moções de repúdio e de aplausos, cujo sentido e relevância vêm sendo questionados pela população, passam na Casa desde que agrade a bancada de situação, que representa massivamente a direita e extrema-direita.

Recentemente, foi aprovada uma moção de repúdio contra o jornal Folha de São Paulo, contra o governador Jerônimo Rodrigues por sua afirmação de que “Bolsonaro deveria ir para a vala”, por exemplo. Outras moções como contra o superman, moção de aplausos a Elon Musk foram aprovadas na última gestão.

Nesta quarta-feira (14), a Câmara rejeitou uma moção de aplausos ao governador Jerônimo Rodrigues pela sua atitude de se retratar após a fala polêmica. O placar de 10×6 votos mais uma vez demonstrou a predominância da bancada de situação e de sua inclinação ao “lado bolsonarista da força”. A reprovação rendeu mais uma discussão entre os vereadores Ricardo Babão (PCdoB) e Lara Fernandes (Republicanos).

Enquanto Babão elogiava o governador por sua postura, a vereadora interveio no momento de fala do colega dizendo que o gestor “não fez mais que sua obrigação”. O edil retrucou mandando que a colega cumprisse sua obrigação também, uma vez que ele ainda não tinha visto “nenhuma obra que ela tivesse conseguido para Vitória da Conquista”. Ele a convocou ainda, dizendo que “estava na hora de ela mostrar a que veio”.

A pergunta que o povo conquistense faz é: “e eu com isso?” Assistindo as sessões com um misto de perplexidade e revolta, quem sofre com a buraqueira, alagamentos, superlotação das unidades de saúde e infraestrutura decadentes de escolas e tantas outras questões cotidianas, alguns de seus representantes transformaram a Casa Legislativa em um espaço de medição de força e disputa ideológica.

Chama a atenção também a facilidade com que projetos polêmicos passam pela Câmara. A extinção de mais de 3 mil cargos públicos e a reforma administrativa que prevê a criação de 3 secretarias e mais de 60 cargos comissionados foi aprovada pela bancada de situação mesmo diante de protestos feitos na própria Casa.

As aprovações contam até mesmo com o voto de vereadores da bancada de oposição, como Natan da Carroceria (Avante) e Márcio de Vivi (PSD), cujos partido fazem parte da base aliada do Governo do Estado, mas têm colaborado com a aprovação de projetos e também de pautas bolsonaristas.

O cenário indica que os próximos quatro anos serão de divisão no campo ideológico e de pouca atenção às questões sociais de Vitória da Conquista.


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