Em entrevista à repórter Mônica Cajaíba, na Rádio Clube FM, nesta sexta-feira (11), a secretária de Saúde de Vitória da Conquista, Ramona Cerqueira, informou que o município vai começar a distribuir os medicamentos cloroquina e hidroxicloroquina a pacientes com sintomas da doença do Coronavírus.
Nenhum dos dois remédios é recomendado pela Organização Mundial de Saúde. O seu uso no Brasil começou a ser pelo presidente Jair Bolsonaro como um possível tratamento precoce para a Covid-19. Contudo, médicos e outras entidades e saúde desaconselham seu uso para essa finalidade, uma vez que, além de não terem eficácia comprovada, os remédios podem provocar efeitos colaterais, como alteração da ritmo cardíaco.
Durante a entrevista, a secretária afirmou que o uso será feito mediante recomendação médica. Assim, a dosagem e frequência serão definidos pelo médico. O paciente terá ainda que assinar um termo de ciência dos riscos. Os medicamentos serão distribuídos no Centro de Atenção Municipal Coronavírus.
“Para o tratamento precoce, o médico deve decidir individualmente o tratamento, informando os riscos e benefícios para o paciente. As medidas terapêuticas devem ser definidas conforme necessidades e respostas de cada caso”, declarou Ramona.
No início do mês de julho, o prefeito Herzem Gusmão anunciou que iria até Brasília, onde teria uma audiência com o Ministro da Saúde, e solicitaria o envio da cloroquina e da hidroxicloroquina para serem utilizadas em pacientes que apresentassem sintomas ou já tivessem sido diagnosticados com a doença. Na época, a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) divulgou uma nota desaconselhando a utilização das substâncias, pelo fato de as mesmas não terem eficácia comprovada.
No mesmo mês, Herzem anunciou a compra de duas outras drogas sem cuja eficácia no tratamento do Coronavírus não tem comprovação: azitromicina e ivermectina. A secretária não falou sobre a distribuição dessas substâncias, mas tudo indica que devem seguir critérios semelhantes.
