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Conquista: Atraso em obra de duplicação da Avenida Presidente Vargas continua gerando transtornos e tragédias

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A obra de duplicação da Avenida Presidente Vargas, iniciada em 2022 e prevista para ser concluída em 2023, segue inacabada e sem prazo definitivo para entrega. O atraso tem causado uma série de transtornos para moradores e motoristas, além de estar associado a acidentes graves. O mais recente ocorreu na última sexta-feira (21), resultando na morte do trabalhador Gidelvan Lemos de Oliveira, de 37 anos. As informações dessa matéria foram divulgadas no programa Bahia Meio Dia, da TV Sudoeste.

Gildevan realizava a marcação da pista quando foi atingido por um rolo compactador que subia de ré. O operador da máquina não o viu a tempo de evitar o atropelamento. O Samu 192 (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado, mas, ao chegar ao local, a vítima já estava sem vida. O operador do equipamento, em estado de choque, foi conduzido à delegacia para prestar depoimento.

A despedida de Gildevan ocorreu no povoado do Ribeirão, onde o velório foi realizado na noite de sábado (22). O sepultamento aconteceu na manhã de domingo (23), na fazenda Pedra Mole. O DPT (Departamento de Polícia Técnica) realizou a perícia no local do acidente, e o laudo deverá esclarecer as circunstâncias da fatalidade.

A morte de Gildevan reacendeu o debate sobre os riscos da obra e as condições precárias da Avenida Presidente Vargas. Essa não é a primeira tragédia registrada no local: no ano passado, outros dois acidentes fatais ocorreram na via.

Moradores relatam que a imprudência de motoristas, aliada à ausência de sinalização e iluminação, contribui para os acidentes. “Tem gente que dirige aqui como se fosse uma pista de Fórmula 1. A velocidade é alta, e os motoristas não respeitam quem está transitando pelo local”, afirmou Alexandre Ribeiro, auxiliar de serviços gerais.

Além dos acidentes, a falta de sinalização tem gerado confusão no trânsito, dificultando a circulação de veículos.

A situação da Avenida Presidente Vargas também afetou o transporte público. Linhas de ônibus foram retiradas, e os passageiros ainda não têm previsão de retomada do serviço. “Muitos estudantes precisam caminhar longas distâncias por áreas mal iluminadas para pegar transporte. A insegurança é grande”, afirmou Dina Teixeira, subsíndica.

“A gente sabe que não tem sinalização, não tem iluminação. Falta seriedade com essa obra”, desabafou Francisco de Assis Cruz, síndico.

O Governo do Estado informou que a obra será concluída ainda este ano. No entanto, diante de tantos adiamentos, os moradores seguem sem uma resposta definitiva e cobram providências urgentes para garantir mais segurança e melhorias na mobilidade da região.


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