Na última semana, uma operação da Prefeitura de Vitória da Conquista, com o apoio da Polícia Militar, retirou ambulantes da Avenida Lauro de Freitas, onde está localizada a Estação de Transbordo Herzem Gusmão. A ação gerou críticas dos trabalhadores, que relataram dificuldades financeiras e abordagens consideradas truculentas. As informações foram divulgadas pelo programa Bahia Meio Dia, da TV Sudoeste, nesta segunda (18).
Uma das ambulantes expressou sua insatisfação com a postura da administração municipal: “Não deram nenhum local pra gente trabalhar, só entregaram a notificação. Poderiam ter proposto uma reunião para nos apresentar alternativas, mas não. Não é bem assim que acontece.”
Os feirantes também relatam que, após o confronto no terminal, em que policiais usaram força para dispersar um protesto, viaturas da Guarda Municipal têm sido posicionadas estrategicamente para impedir a circulação dos ambulantes.
“Colocaram viaturas da Guarda Municipal em cada esquina, impedindo a gente de passar com a nossa mercadoria, e isso tem dificultado muito o trabalho da gente”, disse um dos feirantes. José Antônio, que trabalha há oito anos no local, reforçou o impacto da fiscalização e a dificuldade de continuar se sustentando. “Só queremos trabalhar dignamente”, disse.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) acompanha o caso e cobra explicações das autoridades. “Nós temos nos organizado no sentido de fazer ofícios, poder escutar tanto a prefeitura quanto os feirantes e os policiais para entender, chegar a um denominador comum, pra trazer uma solução pacífica e resolver. Ajudar, de certa forma, a resolver essa situação de uma forma menos prejudicial pra ambas as partes,” afirmou a advogada representante da OAB.