A Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista lançou o projeto “Todos contra a dengue”, em parceria com empresas privadas. A coletiva de imprensa para divulgar como serão as ações foi realizada na manhã desta terça-feira (9), na Clínica de Reabilitação Sebastião Castro, no Centro.
De acordo com a Prefeitura, será iniciada coleta sanguínea e telemedicina em pacientes com suspeita de dengue através de parceria público-privada. A medida de enfrentamento à dengue está sendo implantada nas unidades de saúde sentinela – Morada dos Pássaros, Nova Cidade, Solange Hortélio e João Melo Filho – que irão oportunizar a coleta sanguínea para exames e consultas de telemedicina para os pacientes com sintomas suspeitos de dengue.
O projeto “Todos contra a dengue” teve início nessa segunda-feira (8), por meio de uma parceria público-privada entre a Prefeitura Municipal e a Universidade Federal da Bahia (Ufba), com apoio do Labo, Cicatriclin e dos hospitais Unimec, Samur e São Vicente, que tem o intuito de dar agilidade aos resultados dos exames e auxiliar na tomada de decisões e adoção de condutas clínicas desses pacientes nas unidades sentinela.
Em entrevista ao Blog do Sena, o secretário Municipal de Saúde, Vinicíus Rodrigues, destacou a importância da união para o combate a dengue. “juntos somos mais fortes.A gente percebe o engajamento da sociedade civil organizada, das empresas privadas, o engajamento com o poder público em prol da melhoria da saúde, do acesso à população, independente de cor, de bandeira, de ideologia. A gente está aqui unindo forças realmente para combater a dengue e de fato passar por essa fase que não está sendo fácil. Mas, a gente entende que o Município vem trabalhando muito e a gente recebe isso como um reconhecimento de que nossos esforços têm sido além da capacidade. (…) Eles estão para contribuir para aumentar esse engajamento, para aumentar essa oferta de serviço.E a gente convida as demais empresas para fazerem parte desse projeto também”, explicoiu Rodrigues.
Desde que Vitória da Conquista decretou epidemia de dengue, a população vem sofrendo com a superlotação de hospitais e postos de saúde dos bairros. A situação é crítica, e além do crescimento da notificação dos casos de dengue, desde janeiro, a cidade já registrou 7 óbitos. Além da Unidade de Pronto Atendimento do Governo do Estado (UPA), hospitais credenciados à Prefeitura, como São Vicente e Unimec, também apresentaram superlotação na última segunda-feira (9).
Pacientes têm reclamado da demora no atendimento, na falta de senha nos postos de saúde e estão preocupados com a situação da dengue na cidade. Segundo o secretário, a situação registrada na segunda-feira (8), foi atípica. E reforçou que a Prefeitura está trabalhando para garantir o atendimento médido.
“A unidade, por exemplo, ontem , de Solange Hortêncio, tinha 107 pacientes em tela por volta das 18h00. Então, realmente foi um volume às segundas-feiras tem sido um volume alto de atendimento pós-feriado. A gente percebe que as semanas pós-feriado têm um volume mais alto de atendimento. E ontem foi isso. Foi um dia que que eu considero atípico no volume semanal de atendimento. Superlotou os hospitais e as unidades de saúde, mas q a gente vem trabalhando firme para diminuir os transtornos para nossa população”, disse Rodrigues.
O secretário ainda cobrou o Governo do Estado e o Governo Federal o envio de vacinas para Vitória da Conquista, além da ampliação do público alvo. Atualmente, apenas as crianças e adolescentes de 10 anos a 14 anos, podem receber a vacina. Mas, segundo o secretário, a cidade recebeu apenas 6.800 doses para vacinar o público alvo que é composto por aproximadamente 26 mil pessoas.
“A gente recebeu as sobras do Estado, os municípios que não conseguem aplicar, destinam uma parte do que não conseguem para cá. Se juntando isso, deu cerca de 6.800 doses.Aí já tá acabando esse estoque. A gente vem cobrando do Estado, do Governo Federal que nos envie mais vacinas e a gente espera que Vitória da Conquista seja realmente contemplada. A gente tá aplicando ainda numa população alvo pequena, de 10 a 14 anos. Temos cerca de 26.000 pessoas nessa faixa etária e só recebemos 6.800 doses. A gente deveria já, de fato, está abrindo a vacinação para as demais faixas etárias. Então, a gente pergunta ao Governo Federal o que é que está acontecendo? Não tem vacina? Por que não tem vacina suficiente para o nosso Brasil? A gente precisa e Vitória da Conquista clama por vacina”, disparou Rodrigues.