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Com votação expressiva dos candidatos petistas, Sheila Lemos decide votar na extrema direita e acena para a ala herzista de Conquista

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Desde que assumiu a Prefeitura de Vitória da Conquista, a prefeita Sheila Lemos (UB) tem buscado dialogar com as diferentes vertentes e evitado a postura mais extrema esperada pela ala herzista. Mas agora, o cenário político se afunilou e a gestora precisou decidir pelo voto na extrema direita neste segundo turno.

Sheila anunciou, nesta quinta-feira (06), que votará em Bolsonaro para a Presidência neste segundo turno. A decisão da prefeita provocou muita polêmica em Vitória da Conquista.

A decisão foi tomada também após quatro candidatos petistas terem recebido a maioria dos votos no município. Dentre os candidatos a deputados federais, Waldenor Pereira obteve mais de 32 mil votos e Alexandre Xandó mais de 18 mil somente em Conquista. Entre os estaduais, o ex-prefeito Zé Raimundo mais de 32 mil votos e Lúcia Rocha (MDB), que deixou a base aliada da prefeita, mais de 25 mil votos, além disso, Viviane Sampaio, conseguiu mais de 7 mil votos do eleitorado conquistense.

Além da votação expressiva dos candidatos petistas, outro termômetro que deve ter motivado a decisão da gestora foi a votação não tão grande recebida pelos candidatos apoiados por ela no município. O federal Elmar Nascimento recebeu pouco mais de 7 mil votos, enquanto o deputado estadual Thiago Correia recebeu pouco mais de 10 mil votos.

Os candidatos conquistenses representantes do bolsonarismo e da extrema direita obtiveram votações expressivas, a exemplo dos candidatos a deputado estadual: Falcão que recebeu mais de 6 mil votos e de Edilson Gusmão, irmão do ex-prefeito Herzem, que teve mais de 4.500 votos. Entre os federais, o bolsonarista Ivan Cordeiro obteve mais de 11 mil votos e o comandante Rangel quase 4 mil.

Já almejando o cenários das eleições municipais em 2024, Sheila se vê agora obrigada a se posicionar, uma vez que ao que tudo indica, ela precisará buscar o apoio da ala herzista e dos candidatos bolsonaristas para se eleger futuramente.

A situação é especialmente desafiadora porque o ex-candidato ao Governo do Estado, João Roma, deve apoiar seu candidato ACM Neto, que precisa conquistar todos os votos para virar o jogo do primeiro turno.


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