O Cemitério Municipal do Kadija é um dos mais antigos da região sudoeste da Bahia. Inaugurado em 1988, o espaço era dividido em alas masculinas, femininas e infantil.
Mas com a superlotação, a situação mudou. O único cemitério totalmente público da cidade vem passando por situação delicada há anos e covas estão sendo abertas na ruas internas do local. Em setembro do ano passado, por exemplo, já havia sido denunciado que alguns enterros estavam sendo realizados em uma área de passagem, ou seja nas ruas, de pedestres e até de veículos.
Na época, o Governo Municipal informou, por meio de nota, informou que os enterros estavam sendo realizados em corredores do cemitério, local destinado para área de expansão, mas que sempre funcionou para circulação de veículos, e não nas ruas internas do local.
Já se passou 1 ano e a situação continua a mesma. A equipe do Blog do Sena esteve no cemitério mais populoso da cidade, nessa segunda-feira (2) feriado de finados, e verificou que as covas continuam sendo abertas na área de passagem de pessoas e carros. Atualmente, não existe mais sepultamentos divididos por alas, e homens, mulheres e crianças estão todos misturados. A ruas estão sendo utilizadas para os sepultamentos e a área para a circulação de pessoas e os carros das funerárias está cada vez menor.
A atual gestão da prefeitura municipal divulgou sobre um projeto para a implantação de um novo campo santo (cemitério) municipal. As obras até iniciaram, mas não foram concluídas. Além disso, também informou, em setembro de 2019, que existia um projeto em tramitação que prevê a construção de um cemitério vertical, mas não foi executado
Enquanto isso, as famílias que precisam sepultar seus entes queridos continuam sofrendo com a superlotação do cemitério do Kadija e precisam enterrar os corpos na “ruas” do cemitério.
