A crise nacional que afeta os pacientes com necessitam de hemodiálise está impactando Vitória da Conquista. O Blog do Sena noticiou que pacientes renais com indicação para hemodiálise estão sendo internados na UTI do Hospital de Base, por não estarem conseguido vaga nas clínicas credenciada do município, que são duas: Clínica URO – Instituto de Urologia e Nefrologia Limitada- e Nephron- Nephron Serviços de Hemodiálise Limitada.
Mesmo com os internamentos, pelos menos 10 pacientes estariam aguardando o tratamento, de acordo com os relatos que chegam à nossa redação. A secretária de Saúde de Vitória da Conquista, Ramona Cerqueira, afirmou que a crise está sendo provocada pelo aumento no preço dos insumos, especialmente, o soro fisiológico.
Além do aumento dos insumos, as duas clínicas credenciadas atendem cerca de 600 pacientes. A secretária disse ainda está sendo realizada uma ação conjunta entre a Secretaria Estadual de Saúde (Sesab) e a Prefeitura para amenizar a crise.
O Blog do Sena entrevistou nesta quarta-feira (14), o diretor da Clínica Uro, o médico Luís Caires. O médico reforçou que a crise está sendo provocada pela falta de insumos. “As conversas com a secretária vêm acontecendo desde de maio. Nós chegamos em um momento em que precisamos esclarecer ao gestor público a inviabilidade de ampliar o serviço. A solução é normalizar insumos, não adianta recurso financeiro agora. O recurso traz algum alívio, mas não resolve nossa questão básica que é normalizar os insumos. É preciso cobrar o estado, para que ele faça parcerias na rede de saúde, para que ele monte um serviço provisório de diálise”, afirmou.
Diante da falta de insumos, as clínicas estava agindo com o intuito de assegurar aos pacientes fixos as sessões de hemodiálise necessárias. “Nós hoje não podemos receber os pacientes novos, a Prefeitura não vai encontrar novas vagas para contratar, porque os serviços na Bahia não estão podendo receber novos pacientes. O problema não é dinheiro, a questão são os insumos. O que nós queremos é soro, insumos, porque não podemos receber novos pacientes sem isso, porque os pacientes podem morrer”, ponderou.
O médico afirmou ainda que caso seja tomadas medidas com o intuito de forçar a clínica a receber novos pacientes, a unidade procederá com o descredenciamento. “A Clínica Uro, especificamente, não receberá novos pacientes. Se nós formos pressionados, o nosso caminho vai ser o descredenciamento”, disse.
