Comunicado da empresa Confrigo, responsável pela gestão do Frigorífico Municipal de Vitória da Conquista, gerou indignação entre comerciantes e abatedores da cidade após informar sobre o reajuste nas tarifas de abate de animais. O aumento entra em vigor a partir do dia 14 de abril de 2025, conforme estabelece o Decreto Municipal nº 23.624, de 07 de abril de 2025, publicado pela Prefeitura.
Segundo o decreto, os novos valores para a prestação do serviço de abate por cabeça são: R$ 127,60 para bovinos sem salga do couro; R$ 130,00 com salga; R$ 74,03 para suínos e R$ 96,00 para suínos com salga. O reajuste, segundo o texto oficial, foi baseado em análises realizadas pelas secretarias municipais de Finanças e Desenvolvimento Rural, levando em consideração o aumento dos custos operacionais e a necessidade de atualização dos valores cobrados.
Com a atualização das tarifas, comerciantes e donos de açougues afirmam que haverá impacto direto no preço da carne bovina e suína comercializada na cidade. A principal queixa é que, em municípios vizinhos, os frigoríficos não sofreram reajustes, o que, segundo os abatedores, cria uma concorrência desleal e compromete a competitividade dos produtos locais.
Além disso, os comerciantes criticam o momento em que o aumento foi autorizado. “Estamos enfrentando uma crise, e a Prefeitura, ao invés de buscar aliviar os custos para quem trabalha e gera emprego, acaba aprovando um aumento que vai pesar no bolso do consumidor”, reclamou um dos abatedores, que preferiu não se identificar.
A Confrigo, empresa que administra o frigorífico por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP) firmada em 2007, alega que o reajuste é necessário para garantir a manutenção da estrutura e dos serviços oferecidos. A concessão à Confrigo, com duração de 20 anos, termina em 2025, e há expectativa de que novas propostas sejam analisadas para futura gestão do espaço.
Enquanto isso, comerciantes aguardam um posicionamento oficial da Prefeitura sobre o reajuste e pedem revisão das tarifas, alertando para os reflexos negativos que a medida pode ter no consumo de carne na cidade e no comércio local como um todo.