Rede diz que “não vai se eximir de suas responsabilidades” e que afastou segurança investigado. Ferir ou mutilar animais é crime previsto em lei ambiental
Surgem nas redes sociais as primeiras imagens em vídeo do cachorro agredido na unidade paulista do Carrefour em Osasco, na última quarta-feira (28).
A ativista dos direitos dos animais Luísa Mell, que está acompanhando o caso, esteve na Delegacia de Polícia de Investigações Sobre o Meio Ambiente (D.I.I.C.M.A.) do município e divulgou nos “stories” da sua conta no Instagram as imagens da câmera de segurança do supermercado que estão sendo analisadas na investigação.
“A associação de advogados criminalistas está entrando com uma ação de maus tratos contra o funcionário e de danos morais coletivos contra o Carrefour! Iremos acompanhar pessoalmente as investigações! Queremos justiça!”, escreveu a ativista no post.
Nas imagens, um segurança da loja segue o animal para fora da loja segurando uma barra aparentemente feita de metal. A certa altura o animal retorna para dentro do estabelecimento e, a medida que caminha, é possível observar marcas de sangue no chão. Em outro momento, o funcionário reaparece novamente tentando tirar o animal da loja.
O vídeo postado pela ativista mostra, na sequência, a chegada do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) e os profissionais do centro tentando resgatar o o cachorro com auxílio de um enforcador, equipamento usado para conter animais. Em agonia e após ter perdido bastante sangue, como se pode observar nas imagens, o animal desmaia.
Em nova nota enviada ao site EXAME, o Carrefour afirma que não vai se eximir de sua responsabilidade e que afastou o funcionário da segurança enquanto as investigações são concluídas. Suspeita-se ainda que o animal possa ter sido envenenado.
“Estamos tristes com a morte desse animal. Somos os maiores interessados para que todos os fatos sejam esclarecidos. Por isso, aguardamos que as autoridades concluam rapidamente as investigações. Desde o início da apuração, o funcionário de empresa terceirizada foi afastado. Qualquer que seja a conclusão do inquérito, estamos inteiramente comprometidos na reparação desse dano”, diz a empresa.
Ferir ou mutilar animais domésticos, silvestres, nativos ou exóticos é crime e pode render pena de detenção de três meses a um ano, além de multa, segundo o artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (nº 9.605/98).
Fonte: Exame.