Os gastos do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com cartão corporativo vêm chamando a atenção especialmente pela categoria de coisas pagas. O cartão corporativo é utilizado para o pagamento dos chamados “suprimentos de fundos”. Tratam-se de despesas eventuais e excepcionais que não dá para serem feitas pelos processos normais (licitações, transferências bancárias etc.) e despesas que precisam ser sigilosas (por exemplo, as realizadas por agentes durante a apuração de irregularidades).
Além de evidenciar que o ex-chefe do executivo federal levava uma vida muito menos modesta da que fazia questão de mostrar nas redes sociais, o valor gasto em alguns locais chamou a atenção. Em Vitória da Conquista, em duas rápidas visitas realizadas em 2019, para a inauguração do Aeroporto Glauber Rocha; e em 2021, quando passou pela cidade para seguir para Tanhaçu, os gastos no cartão corporativo perfazem quase R$ 100 mil.
Durante a visita que fez para a inauguração do Aeroporto Glauber Rocha, em julho de 2019, o ex-presidente gastou mais de R$ 15 mil com um hotel da cidade. Na mesma ocasião, mais de 8 mil reais foram gastos em uma padaria da cidade, e quase 13 mil reais em uma churrascaria.
Chamam a atenção o volume de gastos da passagem pela cidade em 2021, quando o ex-presidente desceu em Vitória da Conquista para seguir para Tanhaçu. Somente na passagem, Bolsonaro pagou mais de 71 mil reais em desespesas no cartão corporativo.
Em um hotel, os gastos se aproximam de R$ 30 mil. Em outro hotel, na mesma ocasião, as despesas ultrapassam 17 mil. Mais de R$ 15 mil foram pagos para uma empresa de “assado”, que se juntam aos gastos com alimentação. Dentre os gastos do ex-chefe de Estado no município estão o aluguel de estrutura para eventos e transporte aéreo.