Prefeito da cidade de Boa Nova, Adonias Rocha Pires de Almeida (DEM) declarou que sempre pautou suas quatro gestões à frente da cidade “na legalidade, moralidade, impessoalidade, publicidade e eficiência”. O ex-gestor respondeu a matéria do Bahia Notícias que revelou uma condenação por improbidade administrativa que deve dar a Adonias Rocha seis anos sem direitos políticos e uma conta de R$109.143,55 para ressarcir ao Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb).
Em nota, Rocha se defendeu dizendo que sempre investiu recursos em benefício da comunidade boanovense. “A utilização dos recursos sempre ocorreu segundo as orientações dos órgãos de controle e pareceres técnicos”, declarou.
Apesar da promessa de legalidade, a reportagem do BN mostrou irregularidades cometidas por Adonias na contratação da Transcops, reveladas pelo Ministério Público Federal (MPF). De acordo com o Ministério Público, o prefeito direcionou indevidamente uma licitação para prestar serviços de transporte escolar no município.
A investigação apontou para indícios que o edital foi deflagrado de forma irregular, assim como a própria execução do serviço contratado, que contou, ainda, com superfaturamento de seu objeto, para viabilizar o desvio de recursos públicos. Isso porque o pagamento que seria de R$ 2,00 por quilômetro para ônibus e R$ 1,85 para micro-ônibus, teria sofrido aumento e sido pago à cooperativa por R$ 2,16 e R$ 1,98.
Na sua nota de resposta, Adonias salienta que recorrerá a cassação dos direitos políticos e que o processo contra ele “possui uma série de erros e incoerências”. “O trabalho da equipe continuará com absoluta tranquilidade e com a certeza de que estará sempre voltado para o benefício da sociedade de Boa Nova”, completou o gestor. O prefeito, porém, não esclareceu o motivo das alterações dos valores apontados pelo MPF.