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BAHIA: Lojas que se passam por representantes da Xiaomi são alvo de operação da PF

Nesta terça-feira (20) em todo o país, a Receita Federal de uma inicio a uma operação de combate à sonegação fiscal. Na Bahia, a investigação será realizada em Salvador, Candeias, Simões Filho e Feira de Santana.

A “Operação Colheita”, que é feita em 13 estados simultaneamente, tem como alvo produtos eletrônicos, celulares e acessórios importados que entram de forma irregular no país e são vendidos por uma empresa que se passa pela Xiaomi.

A rede de lojas tem 83 unidades espalhadas por todo Brasil e apresenta-se como importadora oficial da marca chinesa Xiaomi, o que não é verdade. A marca chinesa possui representante exclusivo no país, que é o único que pode importar regularmente a mercadoria.
 
A polícia começou a desconfiar que havia algo errado porque os estabelecimentos apresentam movimentação financeira incompatível com o volume de suas vendas, além de comprarem mercadorias de empresas com características de noteiras, que são aquelas que não apresentam compras nem importações e apenas servem para emitir notas de vendas.
 
As lojas que serão alvo das operações foram identificadas através de um sistema de inteligência, que faz um cruzamento de informações, como conhecimentos de transporte e cadastro de empresas suspeitas.
 
Ao todo, serão fiscalizadas 27 lojas da rede de franquias. Além dos produtos que entram no país de modo irregular, as equipes também vão averiguar a existência de eventuais produtos falsificados.

A “Operação Colheita” conta com cerca de 110 servidores da Receita Federal, podendo contar ainda com o apoio da força policial dos estados envolvidos. A expectativa é que sejam apreendidos cerca de 2000 celulares, chegando ao valor de aproximadamente R$ 3 milhões.

Segundo a Receita Federal , o nome “Colheita” remete à palavra “Xiaomi”, que em mandarim significa pequeno arroz. A ação é um desdobramento da “Operação FranFake”, realizada em março desse ano, que também ocorrei em Salvador e Vitória da Conquista, além de outras cidades brasileiras. Na ocasião, foram fiscalizadas 23 lojas e apreendidos cerca de 1.500 aparelhos celulares.

Correio 24h


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