O Centro de Operações de Emergência em Saúde da Bahia (Coes) recomendou, neste sábado (10), medidas sanitárias mais restritivas em relação ao período eleitoral, como exemplo, a proibição de comícios, passeatas e caminhadas, assim como o acompanhamento de pessoas a pé durante as carreatas.
O secretário da saúde do Estado da Bahia, Fábio Vilas explicou que “o objetivo é evitar o crescimento acelerado de casos e redobrar atenção em diversas localidades, a exemplo das regiões Sudoeste, Sul, Norte e Nordeste que tem permanecido com um platô elevado de infectados e taxas de ocupação de leitos em percentuais de atenção”.
As recomendações são as seguintes: não permitir a realização de eventos políticos presenciais como comícios; não permitir a realização de eventos políticos presenciais como passeatas e caminhadas (assim como as chamadas “motocadas”);Para carreatas, é permitido desfile de candidato com carro aberto. O candidato deve estar acompanhado de no máximo 3 pessoas. Não deve ser permitido acompanhamento a pé. Medidas de proteção individual devem ser observadas. Os veículos devem manter as janelas abertas. Após e antes do uso, o veículo deve ser desinfetado. Deve haver álcool em gel à disposição dos passageiros.
Na última sexta-feira (9), o governador Rui Costa disse, durante uma visita ao município de Itaberaba, estar preocupado com um novo aumento do número de casos da doença, provocado pela aglomeração de eventos relacionados ao período eleitoral e pediu o apoio dos candidatos de todo o estado para evitar a disseminação do coronavírus e o crescimentos de óbitos causados pela covid-19.
“Apesar de algumas pessoas acharem que a pandemia já foi embora, isso não é verdade. Em algumas cidades está crescendo o número de contaminados porque, infelizmente, algumas pessoas estão achando que a pandemia acabou. Quero alertar a quem está pedindo voto dos baianos e baianos, candidatos a vereadores e prefeitos para que, por favor, coloquem a saúde pública em primeiro lugar”, afirmou o governador.
Rui disse ainda que acha inadmissível “verdadeiras micaretas” vistas em campanhas, em vários municípios. “Isso é uma temeridade. Vai provocar o crescimento do número de casos, e internamentos e a volta do crescimento de mortes. Até aqui conseguimos conter a pandemia, que está em queda, mas a gente já percebe, nessas duas últimas semanas, que em vários municípios, como os da região oeste, os casos já começam a crescer. Isso provavelmente pelos episódios de aglomerações do momento eleitoral”.