Manoel Gomes mostrou que não é apenas um entusiasta da caneta azul, mas também, acima de tudo, precavido. Ciente de todo o sucesso de seu hit, o autor da música tratou de ir até o cartório da cidade de Balsas (MA), onde mora, no início da tarde desta segunda-feira (28) para dar inicio ao processo de registro dos direitos autorais da música que viralizou nos últimos dias.
De acordo com o site O Imparcial, Manoel se dirigiu a um cartório, acompanhado de seu advogado Arnaldo Gomes, e aproveitou para solicitar também o registro de outra composição de sua autoria, essa com menos burburinho, chamada de “Vou Deixar de Ser Besta”.
Não há a confirmação se o autor usou uma caneta azul para assinar o documento.
O fenômeno
A caneta amarela é até citada na música, apenas de passagem, e logo é esquecida. A tonalidade favorita de Van Gogh não goza do mesmo prestígio com o maranhense Manoel Gomes, cujo coração pertence ao azul. Entretanto, este relacionamento monocolor foi manchado pelo cinza da saudade quando a amada caneta azul se esvaiu das mãos do estudante.
De coração partido e tomado pela saudade da caneta escanteada pelo Enem – que aceita unicamente a preta em suas provas – o autor compôs esta música, que na verdade é um apelo suplicando pelo retorno de sua amada. Inspirado por esta dor, ele conseguiu superar o obstáculo de ter uma paleta de cores reduzida, tingiu e atingiu o sucesso com um hit que viralizou em todo Brasil.
“Caneta azul, azul caneta”, inicia assim a ode ao objeto de cor mais quente que está marcado “na sua letra”. Logo após, ele relembra a época em que ia ao colégio munido de sua inseparável companheira. A rotina foi interrompida quando Manoel a perdeu, como ele mesmo narra. “Eu peço, por favor, quem encontrou, me entrega ela”, suplica.