A Associação de Gerentes da Caixa (Agecef) na Bahia divulgou nota nesta quarta-feira (27) defendendo o o gerente geral da agência Relógio São Pedro em Salvador, João Paulo, acusado de discriminação racial por um cliente.A organização nega que ele tenha cometido um ato de racismo contra o cliente Crispim Terral.
No texto, a Agecef critica Crispim por editar o vídeo e sugere que a ação dele tenha sido premeditada. “Durante toda conversa, em momento algum foi proferida qualquer palavra que insinuasse discriminação racial. Por isso, a cautela, neste momento, é imprescindível”, defende a nota da Associação.
João Paulo, foi acusado de racismo depois de pedir à Polícia Militar para retirar o cliente da agência e se recusar a seguir para a delegacia caso ele não saísse algemado. O gerente argumentou que “não faz acordos com esse tipo de gente”. A Caixa decidiu afastar o gerente após a repercussão do caso
Segundo a Agecef, Crispim foi atendido às 10h37 do último dia 19 e o atendimento durou uma hora e 22 minutos. Em sua denúncia, o cliente alega que esperou quatro horas e 47 minutos. A associação aponta ainda que ele estava filmando a ação desde que chegou à agência. “Essa contradição entre os fatos e o relato do reclamante, levanta a suspeita de uma premeditação da ação”, diz o texto.
A Agecef também acusa Terral de pressionar o gerente por atendimento, “em uma espécie de tortura psicológica”. Além disso, ela diz que, “ao que parece”, vídeo foi editado “para suprimir aquilo que não interessa ao denunciante. “A gravação é, portanto, fraudulenta, manipulada, além de ser não-autorizada, e tem o único objetivo de manchar a imagem do banco e do seu quadro de pessoal”, acusa a nota.
