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Artigo: A tradição recente de derrotas do carlismo na Bahia

Quem acompanha as eleições jamais esquecerá da derrota do carlismo na Bahia em 2006. ACM o avô perdeu ainda vivo. Segundo uma pesquisa IBOPE divulgada na véspera da eleição de 2006, o governador Paulo Souto seria reeleito em 1º turno. Souto era do grupo de ACM, que dominava o estado há 40 anos. Jaques Wagner (PT) virou líder na boca-de-urna e foi eleito em 1º turno. Em todas as eleições desde 2006, o PT venceu em 1º turno após crescer subitamente na reta final. Esse crescimento foi mais acentuado em 2006 e 2014, quando o PT teve candidatos desconhecidos. Em 2010 e 2018, os candidatos do PT concorriam à reeleição.

O motivo é simples: desde 2006, Lula é incrivelmente popular na Bahia. Quando os eleitores descobrem quem é o candidato dele, muitos mudam de voto.A Atlas tentou “resolver” o problema das pesquisas na Bahia desde 2006 destacando a sigla dos candidatos. Exemplo: O formulário do Datafolha tem: “Jerônimo” Na Atlas, Jerônimo Rodrigues já estava quase empatado com ACM Neto no início da campanha. Isto porque o próprio formulário informa que Jerônimo é do PT. Muita gente não sabe, até porque ele é menos conhecido do que Wagner em 2006 e Rui Costa em 2014. As pesquisas Atlas informam qual o resultado quando as pessoas respondem a pesquisa sabendo o partido de Jerônimo. Conforme a associação Jerônimo-PT vai se espalhando por outras vias durante a campanha, as outras pesquisas convergem pro resultado da Atlas. Quem quiser derrotar o PT na eleição presidencial e para governo da Bahia precisa refletir a sério a importância de um partido forte.

 

Claudio Carvalho. Professor Titular de Direito da UESB.


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