A apreensão de fuzis croatas em Vitória da Conquista, em 2020, deu início às investigações que culminaram na condenação de um dos envolvidos em um esquema internacional de tráfico de armas e lavagem de dinheiro. O acusado foi sentenciado a 18 anos e 9 meses de prisão em regime fechado, além do pagamento de 419 dias-multa e uma indenização de R$ 50 mil por danos morais coletivos, que será revertida ao Fundo Nacional de Segurança Pública.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), o condenado fazia parte do núcleo responsável por ocultar os valores ilícitos, utilizando empresas de fachada, sem sede física nem funcionários registrados, para movimentar recursos oriundos da compra e venda de armamentos.
A decisão é da 2ª Vara Federal Criminal da Bahia, que também determinou a perda de bens, direitos e valores bloqueados durante a investigação e manteve a prisão preventiva do investigado por considerar que ele representa risco à ordem pública.
As investigações fazem parte da Operação Dakovo, que revelou o funcionamento de uma organização criminosa transnacional que importava armas da Europa e da Turquia com destino a facções brasileiras como o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital (PCC).