O transporte público em Vitória da Conquista é uma das principais queixas da população. Para o governo municipal, é um dos maiores desafios. A principal queixa é a qualidade do serviço oferecido pelas empresas contratadas em caráter emergencial pela Prefeitura.
Além dos ônibus apresentarem problemas constantemente, os usuários ainda reclamam de atrasos, não cumprimento dos horários e superlotação. Na manhã desta quinta-feira (26), por exemplo, o pneu de um ônibus da empresa Viação Atlântica furou na Avenida Olívia Flores. Apesar de não ter causado maiores danos, a situação proporcionou transtornos para os passageiros que seguiam viagem. O problema registrado hoje é o menor quando comparado com outras situações que já foram relatadas no Blog do Sena, como quebra constante dos veículos, fumaça saindo do motor e até porta caindo.
As reclamações dos usuários do transporte coletivo de Conquista são as mesmas de pelo menos três anos atrás, quando os problemas se agravaram com o cancelamento do contrato com a Viação Vitória, em 2018. Posteriormente, houve a saída da empresa Cidade Verde, em 2019. Desde então, o sistema de transporte público vem sendo operado pela própria Prefeitura, por meio de contratos emergenciais.
Atualmente, as duas empresas que operam na cidade são a Viação Rosa, desde 2019, e a Viação Atlântico, desde outubro de 2020. Entre maio de 2019 e junho de 2021, só Viação Rosa foi contratada oito vezes pelo governo municipal e recebeu mais de R$70 milhões. Já a Viação Atlântico, foi contratada por R$14.400.000,00 para a locação de 50 ônibus e 10 micro-ônibus por 180 dias, segundo divulgado no Diário Oficial. Cada contrato emergencial tem validade de até 180 dias. Após esse período, o acordo pode ser prorrogado até que seja realizada uma licitação.
No entanto, a licitação ainda segue sem ser realizada. A Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) chegou a publicar no Diário Oficial o edital para contratar empresas para operar o sistema de transporte público de Vitória da Conquista. Mas, há quase quatro meses, no dia 3 de maio, a licitação foi suspensa devido aos os pedidos de impugnação que foram levantados pelos licitantes.
Na época, o então secretário de Mobilidade Urbana informou que após a suspensão do edital, outro seria aberto obedecendo o prazo legal para concorrência que é de 45 dias.
