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Após denúncias, SIMMP é impedido de entrar na extensão da Escola Mozart Tanajura. “Não vamos nos calar, vamos levar a verdade”, diz presidente

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O Sindicato do Magistério Municipal Público de Vitória da Conquista (SIMMP) foi impedido de entrar dentro do prédio da extensão da Escola Municipal Tanajura. A situação ocorreu, após o sindicato denunciar irregularidades no local e a Secretaria Municipal de Educação negar, por meio de nota, que a unidade apresente problemas.

De acordo com o sindicado, entre os problemas encontrados na unidade escolar estão infraestrutura e local de armazenamento de alimentos. Para o SIMMP, a infraestrutura do local não atende as necessidades básicas dos professores e alunos. A situação foi verificada durante uma visita do sindicato à escola.

Para provar a denúncia, a presidente Greissy Reis e a vice-presidente Eliane Nascimento retornaram para a extensão da Escola Mozart Tanajura com o objetivo de documentar, através de imagens e medições, as condições inadequadas do ambiente escolar, que, segundo o sindicato, atualmente não comporta o número de alunos matriculados, desrespeitando as normas do Ministério da Educação (MEC) para a adequação dos espaços escolares. No entanto, foram impedidas pela direção da Escola Municipal Mozart Tanajura de acessar as instalações da extensão escolar.

“Viemos aqui na escola, mais uma vez, para fazer a medição do espaço físico para poder comprovar para a população de Vitória da Conquista que esse espaço é inadequado para o trabalho da educação infantil. É inadequado para receber a quantidade de crianças que está matriculada. Este espaço não está de acordo com os parâmetros de qualidade da educação infantil e nós, o sindicato, estamos falando a verdade e viemos aqui fazer a medição para provar para a comunidade conquistense que esse espaço, não só esse, como muitos outros do munícipio, não condiz os indicadores e as regulações do MEC para a educação básica e a educação infantil. Mas, infelizmente, nós fomos impedidos pelo diretor da escola de adentrar no prédio público”, disse Reis.

Segundo a presidente, o pátio utilizado para a hora do recreio não possui espaço adequado para receber  quantidade de crianças, uma média de 60 por turno. “O pátio que possui dois metros e meio de largura com 18 metros de cumprimento, sem um brinquedo sequer, comporta 60, 70 crianças juntas ali brincando? Isso é um espaço adequado para a educação infantil¿ Isso eu estou falando por turno de trabalho, não estou falando no total não. No total são mais de 100 crianças. Então, precisamos refletir sobre o lugar da educação pública municipal de Vitória da Conquista”, explicou Reis

Além disso, segundo a vice-presidente Eliane Nascimento, o espaço destinado para os professores também é inadequado. “Pelas imagens dá para perceber que o espaço que os professores devem sentar, ao menos 15 minutos, para um café ou se organizar para fazer as suas atividades de AC, que são atividades complementares, é um local inadequado, é um local insalubre. Não tem uma cadeira decente para o professor sentar, não tem uma máquina de xerox, não tem estrutura nenhuma”, explicou Nascimento.

Para a presidente do SIMMP, a ação de impedir o sindicato de entrar na escola reforça a suspeita de que algo muito grave está sendo ocultado da comunidade escolar e do público geral. “Nós não podemos mais fingir que temos estrutura física em nossas escolas quando na verdade a realidade é outra. E quando o sindicato tenta levar isso para a população é impedido porque não querem veicular a verdade. E a verdade está aqui. Como esta extensão nós temos várias situações precárias. Nós não vamos nos calar, vamos levar a verdade para a população de Vitória da Conquista”, pontuou Reis.

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