Na tarde desta quarta-feira (18), nas dependências do Conselho Municipal de Educação (CME) foi aprovada por maioria a proposta do Sindicato do Magistério Municipal Público de Vitória da Conquista (Simmp) para anular a eleição do triênio 2024/2027. Essa decisão não é apenas um ato administrativo; é um grito de alerta sobre a saúde democrática e a legitimidade das decisões que moldam o futuro da educação em nossa cidade.
A Conselheira Arlete Dória, respeitada professora da rede municipal e ex-presidente do Simmp, não hesitou em trazer à tona denúncias graves que embasaram a proposta. Segundo Dória, o processo eleitoral foi cercado de irregularidades que vão além da simples falta de transparência. Regras regimentais foram sistematicamente quebradas, levantando sérias questões sobre a integridade do processo. A própria composição do CME foi colocada sob o olhar crítico da comunidade, uma vez que até mesmo conselheiros que resolveram disputar as eleições têm seus mandatos já vencidos.
Em um cenário onde a educação pública enfrenta desafios imensos, é imperativo que as instâncias de decisão estejam pautadas pela ética e pela legalidade. O que se viu na última eleição foi um desrespeito aos princípios que deveriam guiar a formação e a atuação do CME. A falta de um regramento claro e a violação das normas estabelecidas não podem ser vistas como meros deslizes; são atos que comprometem a credibilidade de todo um sistema que deveria, em última análise, garantir a qualidade da educação em Vitória da Conquista.
A aprovação da anulação representa uma vitória não apenas do Simmp, mas de todos que acreditam que a educação deve ser gerida de forma transparente e responsável. A luta por uma educação de qualidade passa, necessariamente, pela defesa de um conselho que realmente represente os interesses da comunidade escolar, sem manobras e sem distorções.
O momento agora é de reflexão e reconstrução. É fundamental que a sociedade civil, os educadores e todos os envolvidos no processo educativo se mobilizem para garantir que as próximas eleições sejam pautadas pela transparência, pelo respeito às normas e, principalmente, pela legitimidade que a educação de qualidade merece.
O Simmp, ao tomar essa postura firme, reafirma seu compromisso com a ética e a valorização da profissão docente. A batalha pela educação não termina aqui; ela se renova e se fortalece a cada passo dado em direção a um futuro mais justo e digno para nossos alunos. É hora de unir forças e garantir que as vozes dos educadores sejam ouvidas, que a democracia prevaleça e que Vitória da Conquista continue sendo um farol de esperança na educação pública.
