Na última quinta-feira(25), o Sindicato do Magistério Municipal Público de Vitória da Conquista (SIMMP) realizou mais uma assembleia da campanha salarial 2023. A categoria cobra o cumprimento do Piso Salarial do Magistério, Lei federal 11.738/2008. Durante a assembleia, o advogado e contador Marcos Adriano, que está prestando consultoria ao Sindicato, demonstrou, por meio de cálculos da arrecadação atual da Prefeitura, que a gestão tem condições de cumprir integralmente com o reajuste salarial. O Blog do Sena, conversou com Marcos que apresentou mais detalhes sobre o tema.
De acordo com Marcos, “só de IPTU a prefeitura já aumento 86%, se avaliar o primeiro trimestre. A proposta que a administração forneceu para os professores, somente com o IPTU ela já consegue pagar”, pontuo. ” A gente conseguiu levantar três números. Dentro do VAAT do Fundeb, a prefeitura aumento em 36% sua receita. Dentre as receitas que compõe a educação, a prefeitura aumentou o valor dela em 12% e de uma maneira em geral quase 17%”, detalhou. “Os professores estão pedindo 14,95%. Então, o que está faltando é interesse e boa vontade da gestão”, frisou.
O advogado e também contador explica que mesmo com o pagamento do valor do interstício, as contas da Prefeitura não seriam prejudicadas. “O valor de 16,97% que a Prefeitura teve como um todo já seria o suficiente para ela pagar não só os 14,95%, como o interstício. Se ela pagasse de forma linear, o que ela não está fazendo, já seria suficiente para contemplar o professor”, destaca.
Marcos também comentou sobre vídeo recente da Prefeita Sheila Lemos (UB), no qual ela alega estar pagando o piso salarial à categoria. “Melhor do que o vídeo da prefeita é o contra-cheque do professor. Basta ele ver no final do mês se houve uma alteração de 14,95% em relação ao mês anterior, e não existiu”, dispara. “Simplesmente ela (a prefeita) pega o primeiro nível e aplica os 14,95%, os demais servidores, ela tá achatando ao ponto do servidor de carreira de 20 e 25 anos chegar o momento de estar recebendo o mesmo de quem está ingressando na rede”, explicou.
Marcos reforça que a administração municipal tem condições de cumprir com o pagamento do piso salarial. “Dentre as contas da educação, sem dúvida nenhuma, tem como pagar. O problema é que todo gestor precisa decidir onde aplica o recurso, se é mais na educação, se é mais na saúde, e aqui a gente está vendo que a educação é prioridade para esse governo”, finalizou.
Na próxima terça-feira (30), o SIMMP realizará mais uma paralisação e protesto em frente ao prédio da Prefeitura. Saiba mais detalhes em: Professores municipais vão paralisar as atividades na próxima terça (30) e Simmp divulga carta aberta para a comunidade escolar
Confira entrevista completa com o advogado e contador Marcos Adriano: