O homem acusado pela enteada de estupro foi encaminhado para o sistema prisional e também foi exonerado do cargo de assessor técnico da prefeitura de Camaçari, na região metropolitana de Salvador. A exoneração de Thiago Oliveira Alves foi publicada no Diário Oficial do município na quinta-feira (21), mesmo dia que ele foi levado para o Centro de Observação Penal de Salvador.
Natural de São Paulo, o suspeito estava detido desde o dia 13 de fevereiro na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (Deam). Na prefeitura de Camaçari, ele era lotado na Secretaria de Serviços Públicos (Sesp) e estava afastado do cargo desde 1º de fevereiro, dois dias após a enteada Eva Luana da Silva, de 21 anos, ter denunciado o caso à Polícia Civil. Segundo a polícia, Thiago foi indiciado pelos crimes de estupro e tortura. Em depoimento ele negou as acusações.
O caso veio a público após a vítima utilizar as redes sociais para denunciar o padrasto. Em uma publicação no Instagram, Eva Luana contou que os abusos começaram quando ela tinha 12 anos de idade. Um ano depois ela chegou a denunciar Thiago, mas, segundo ela, foi obrigada por ele a retirar a queixa por ameaças.
“Eu não tive mais vida social. Tudo era uma farsa. Ele nos obrigava [Eva e a mãe] a fingir que tínhamos uma família perfeita. As agressões eram verbais, físicas e psicológicas. Entre elas, comer muito, em tempo estipulado, isso aconteceu com uma pizza família, pra comer inteira em 10 minutos. Óbvio que não conseguimos. Tb tomar 2 litros de refrigerante nesses 10 minutos. Eu levei socos no rosto e ele não me deixava me proteger com a mão. Ele enfiou as pizzas na minha boca me chamando de animal, eu vomitei e comi meu próprio vômito”, contou.