A revolta e a indignação tomaram conta do ato ocorrido no final da manhã desta sexta-feira (25), na porta de uma rádio de Vitória da Conquista onde duas professoras foram foram agredidas verbalmente por dois radialistas durante uma entrevista. A situação ocorreu na última segunda-feira (22), enquanto as docentes, que estão à frente do Sindicato do Magistério Municipal de Vitória da Conquista (Simmp).
Enquanto tentavam responder a uma indagação dos comunicadores, a presidente do sindicato, Elenilda Ramos, e a vice-presidente, Greissy Reis, forma interrompidas pelos apresentadores, e uma discussão começou. Com o dedo em riste, um dos radialistas, mandou que as professoras deixassem a sala.
A situação, que foi registrada em vídeo pelas professoras, provocou a revolta de diversas categorias e da sociedade. O protesto começou na Câmara de Vereadores e terminou na porta da rádio.
Em entrevista ao Blog do Sena, a vice-presidente do Simmp classificou a conduta dos radialista como um ato “violência, misoginia é machismo”. “Estar aqui hoje não foi fácil, tivemos que tirar forças da nossa ancestralidade. A violência sofrida deixa marcas, a ferida está aberta. Estar aqui é um ato de resistência. É pelas mulheres e pelas professoras, que eu estou aqui, passando por cima da dor emocional e psicológica, para dizer: Basta de tanta violência! As mulheres merecem ser respeitas, merecem ter seu lugar de fala, e que fique marcado na história de Vitória da Conquista para que nunca mais um ato de tanta violência, misoginia é machismo se repita nessa cidade. O dia em que professoras tiveram sua voz silenciada dentro de um rádio dessa cidade”, afirmou emocionada.
Uma Moção de Repúdio à rádio foi aprovada na Câmara de Vereadores por 10 votos a 3. Apesar de todo o apoio recebido, as professoras afirmam que só vão parar quando os dois radialistas forem responsabilizados por sua postura, uma que as entrevistadas foram expostas a uma situação vexatória.
