Blog do Sena – Vitória da Conquista- Bahia

“A questão não é financeira, a questão é vontade política”, dispara professores durante reunião no Fórum Municipal de Educação sobre Sheila não cumprir o Piso Salarial

Durante o Fórum Municipal de Educação de Vitória da Conquista, realizado na última segunda-feira (10), alguns professores realizaram uma análise sobre o tratamento dado aos docentes durante as gestões dos ex-prefeitos Guilherme Menezes e José Raimundo Fontes , ambos do PT, do ex-prefeito Herzem Gusmão (MDB) e da atual prefeita Sheila Lemos (União Brasil).

Para alguns professores, enquanto os governos do PT tratavam com respeito os professores, cumpriam o Piso Salarial e construíram o Plano de carreira dos profissionais, os governos do MDB e do União Brasil iniciaram uma trajetória do que eles chamam de “plano de destruição”.

Ao debate, no qual o Blog do Sena teve acesso, os professores afirmaram que de 2009 até 2016, o Plano de carreira foi respeitado e o Piso Salarial cumprindo. Nesse período, a Prefeitura de Vitória da Conquista era administrada por Guilherme Menezes e José Raimundo Fontes.

“Conquista foi a primeira cidade em 2009 a pagar o piso salarial na Bahia por Guilherme,  foi na época que ele era deputado e ele votou a favor da Lei do Piso. Então ele tinha obrigação moral por ser do PT, inclusive o presidente era Lula e criou o plano de carreira”, disse um docente.

Segundo a análise dos  professores, o desmonte do Plano de Carreira iniciou com a chegada de Herzem Gusmão em 2017 e afirmam que Sheila Lemos está dando sequência, já que justamente nesse período a categoria vem lutando pela manutenção dos benefícios já conquistados e pelo cumprimento do Piso Salarial.

“De lá para cá, de 2010 até 2016, sempre se respeitou a tabela. Quando Herzem entra em 2017 vem com a intenção de executar o plano e essa tentativa vem ano após ano. Quer dizer, é uma ideia posta de destruir”, justificou outro docente.

Desde o início no ano, a categoria junto com o Sindicato do Magistério Municipal Público (SIMMP) vem buscando o cumprimento do Piso Salarial Lei do Piso determinado pelo Ministério da Educação (MEC) em janeiro deste ano. O reajuste é de 14,95%. Além disso, os professores buscam a manutenção do interstício, que hoje é de 8%, mas Prefeitura diminuiu para 3%.

Durante o ano de 2023, os professores municipais realizaram várias mobilizações e paralisações no intuito de buscar o diálogo com a prefeita Sheila Lemos. Mas até o momento, não obtiveram êxito. Para alguns professores, o posicionamento mostra a falta de vontade da gestora de resolver a situação.

“A questão não é financeira com os professores, a questão é vontade política. A prefeita tem o objetivo de esbagaçar nosso plano de carreira. É uma vontade política”, disparou um docente.


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