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“A decisão nossa de derrubar o voto impresso foi mais do que correta “, diz deputado federal Waldenor Pereira

Foto: Blog do Sena

A Câmara dos Deputados decidiu na última terça-feira (10) rejeitar e arquivar a proposta de emenda à Constituição (PEC) que propunha o voto impresso em eleições, plebiscitos e referendos. A PEC precisava de, no mínimo, 308 votos. No entanto, o texto elaborado pela deputada Bia Kicis (PSL-DF) teve o apoio de apenas 229 deputados. Outros 218 deputados votaram contra a PEC, e um parlamentar se absteve. Ao todo, 448 votos foram computados.

O deputado federal, Waldernor Pereira (PT), foi um dos parlamentares que votou contra o voto impresso. Em entrevista ao Blog do Sena, nesta segunda-feira (16), Waldenor falou sobre a proposta do voto impresso. Ele destacou que é favorável a eleições limpas e que se houvesse algum indício de fraude, apoiaria a mudança.

“Em primeiro lugar é importante destacar para todos que nos acompanham que nós somos favoráveis a eleições limpas, com a maior lisura possível, é indispensável fazer esse destaque inicial. Por tanto, se houvesse qualquer denúncia de que as eleições realizadas através do voto eletrônico pudessem representar alguma ameaça para a democracia, tenha se caracterizado com alguma fraude, nós não teríamos nenhuma dúvida de que apoiaríamos  mudanças no sistema eleitoral”, explicou Pereira.

Waldenor Pereira ainda ressaltou a eficiência das urnas eletrônicas desde 1994, quando foram utilizadas pela primeira vez no Brasil e destacou que, desde então, nunca houve o registro de fraude. “Não sei se o voto impresso para voltar aquelas condições antigas que possibilitava muito mais corrupção, listas, matas e relatórios, que comprovadamente eram reconhecidas como eleições fraudulentas. Mas, as urnas eletrônicas, desde 94, adotadas no Brasil, vem se mostrando com muita eficiência, não há nenhuma denúncia de fraude, de qualquer irregularidade”, disse.

Além disso, o deputado federal também lembrou que as urnas eletrônicas foram criadas e instaladas com o apoio das forças armadas brasileiras. “É importante destacar inclusive que quem teve a ideia de construir as urnas eletrônicas foram os militares, foi o instituto tecnológico, o ITA, que fabrica aviões, que é um instituto respeitadíssimo pela competência, na área tecnológica. Quem teve a ideia inicial de construir as urnas, inclusive no Comitê de auditagem das urnas, as forças armadas também participam, por tanto não há qualquer motivação para questionar a lisura das eleições”, contou Pereira.

Para Waldenor Pereira, a decisão de derrubar a PEC do voto impresso foi correta. Segundo ele, a polêmica criada pelo atual presidente do Brasil, Jair Bolsonaro (sem partido) em torno das urnas eletrônicas se deve ao fato de não aceitar a derrota nas eleições de 2022, uma vez que as pesquisas preliminares mostram que Bolsonaro não seria reeleito.

“Na verdade, o que o presidente está tentando, é construir um álibi, porque em face da possibilidade concreta dele perder as eleições, ele criar um fato político, como o Trump tentou nos Estados Unidos, para de certa forma, descaracterizar, inviabilizar as eleições democráticas no Brasil. Mas, o povo brasileiro está atento, o povo brasileiro, cada vez mais, está consciente do que está acontecendo na cena política brasileira e a decisão nossa de derrubar o voto impresso foi mais do que correta porque não havia procedência do ponto de vista da existência de qualquer lisura, qualquer irregularidade, nas eleições que se realizam desde 94”, finalizou.


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