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Promessa do futebol conquistense, Diguinho, sobrinho de Piolho, busca superar trauma familiar no Intermunicipal

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Ele foi o autor de um belo gol de falta no empate da seleção de Vitória da Conquista com o selecionado de Poções pelo Campeonato Intermunicipal, no jogo de domingo passado (14). Fazer gols e ajudar o time dele a vencer os adversários não é a coisa mais difícil que o volante Rodrigo Novais, o Diguinho, de 18 anos, tem como desafio. Mas, é no futebol que ele busca superar o pior momento de sua vida.

Este ano, Diguinho disputou o Campeonato Baiano Sub-20, encerrado em junho, pelo ECPP Vitória da Conquista, que terminou a competição em quarto lugar e teve o atleta como artilheiro da competição, com cinco gols, três deles de falta, parecidos com o que fez contra o Poções.

Com o destaque no Sub-20, ele chamou a atenção de times do sul do país e estava de malas prontas para jogar no XV de Jaú, time da Segunda Divisão do Campeonato Paulista, atualmente em segundo lugar em seu grupo e o quinto em número de pontos no geral. Faltava apenas comprar a passagem e assinar o contrato com o clube paulista.

No entanto, uma tragédia mudou tudo: o filho de Diguinho, de apenas oito meses, faleceu no dia 20 de junho. “Quando era o dia de viajar eu não quis mais. Minha esposa não estava bem, e eu também não estava bem. Então, preferi ficar aqui e jogar o Intermunicipal pela minha cidade”, contou.

Convocado para a seleção conquistense, ele apostou que as atuações e os resultados que viriam disso o ajudariam  a melhorar o ânimo e ganhar estímulo para superar o trauma da perda do pequeno Marlon Ravi. “Está sendo a minha reviravolta. Que eu possa fazer um belo campeonato e ajudar a minha equipe”, disse o craque antes da estreia.

Morador do Alto Maron, Diguinho tem na família a tradição um dos mais notáveis representantes do futebol e do esporte de Vitória da Conquista. Ele é sobrinho de Antônio Jesuíno da Silva, o histórico ex-centroavante Piolho, que se tornou famoso nas décadas de 1970 e 1980, jogando, inicialmente, por times amadores da cidade e, depois, profissionalmente em clubes de Salvador, como o Vitória, Bahia e Leônico. No Tricolor Baiano, foi campeão estadual em 1974, tendo marcado, inclusive, o gol do título na final.

“Ele sempre fala para eu não parar de treinar”, conta Diguinho sobre os conselhos do tio. O atleta, que já caiu nas graças do torcedor conquistenses, afirmou que pretende prosseguir na carreira profissional depois do Intermunicipal e já recebeu propostas de outros clubes. Até lá, ele pretende seguir o conselho do tio Piolho: treinar constantemente, ajudar a equipe e, se possível, levar o nome de Vitória da Conquista a outros pontos do universo futebolístico brasileiro.


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