Blog do Sena – Vitória da Conquista- Bahia

Secretária Municipal de Saúde contrapõe nota do Hospital de Base e pede que “a atual administração estadual assuma sua responsabilidade diante dos problemas de Saúde”

Após o Complexo Hospitalar de Vitória da Conquista, que gere o Hospital de Base e a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) informar, por meio de nota, que o motivo da superlotação é devido “à falta de atendimentos nas unidades básicas de saúde do município”, a Prefeitura afirmou que o Governo do Estado “assuma a responsabilidade diante dos problemas de Saúde de alta e média complexidade apresentados pela população”.

Em nota enviada ao Blog do Sena, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) contrapôs o que foi dito pela direção dos equipamentos estaduais. Segundo a  SMS, a superlotação não deve à Atenção Básica.

“A superlotação no Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGVC) não se deve à Atenção Básica, até porque esses pacientes, via de regra, não possuem indicação de internamento. Na realidade a falha está no sistema de atendimento e cuidado dos pacientes de média e alta complexidade, gerenciado pelo Governo do Estado”, diz trecho da nota.

A SMS ainda culpou a atual administração do Governo do Estado pela situação afirmando que está “ausente”. “A ausência  de uma ação vigorosa do Estado em Conquista e região está sobrecarregando o nosso município com a manutenção dos serviços de alta complexidade, que, ressalte-se, não são de nossa responsabilidade  e sim do Governo da Bahia. A ineficiência do atual governo estadual vem obrigando Vitória da Conquista a dobrar os valores de incentivo para atender todos os pacientes da região”, diz outro trecho.

Além disso, a SMS afirmou que o Estado “não tem se comprometido com a saúde de Vitória da Conquista”. O Governo do Estado, ao longo dos anos não tem se comprometido com a Saúde em Vitória da Conquista e sequer possui o básico: uma maternidade na região. O Esaú Matos é o único hospital público de atendimento materno-infantil no Sudoeste Baiano, e atende mais de 100 municípios. Como todos sabem, ele é administrado pela nossa Prefeitura. Enquanto isso, Ilhéus tem maternidade do Estado e incentivo de R$ 5 milhões por mês. Não conseguimos entender o motivo de tratamento tão diferenciado entre esses dois importantes municípios baianos”, disse a SMS.

Por fim, a SMS pediu que o Governo do Estado assuma a responsabilidade e pare de culpar a Prefeitura. É necessário que a atual administração estadual assuma sua responsabilidade diante dos problemas de Saúde de alta e média complexidade apresentados pela população, e pare de culpar o governo municipal que tem índices de excelência reconhecidos até mesmo pelo Governo Federal”, finalizou a nota.


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