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Região: Fligê é aberta com expectativa de atrair cinco mil visitantes

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[Fligê é aberta com expectativa de atrair cinco mil visitantes]

A abertura da quarta edição da Feira Literária de Mucugê (Fligê), em Mucugê, na Chapada Diamantina, na noite desta quinta-feira (15), foi uma amostra do que vai ocorrer na histórica cidade até o próximo domingo (18). Este ano, o evento presta homenagem ao Poeta dos Escravos, o baiano Castro Alves, e deve atrair, nas 72 horas de programação, mais de cinco mil pessoas.

Conduzida pelos secretários estaduais de Cultura, Arany Santana, e da Educação, Jerônimo Rodrigues, bem como pela curadora do evento, Ester Figueiredo, e escritores e artistas convidados, a solenidade de abertura foi realizada no Centro Cultural. 

De acordo com Arany, a feira tem objetivos específicos a cada edição, mas existe um propósito geral que se repete em todas as Fligês. “É uma feira que atrai um público de toda a Chapada, principalmente estudantes e artistas locais, e é importante tanto para cultura como para a educação”, destacou Arany.

Para Jerônimo, diversos pontos positivos da Fligê têm ligação direta com a atuação da Secretaria da Educação. “Um deles é o estímulo à leitura desde a infância, tão salutar para que as crianças façam boas escolhas e tenham amor pelos livros. Feiras como essa estimulam isso, por meio das oficinas, debates, workshops, declamações, músicas e outras atividades”, listou o secretário.

Responsável pela curadoria da Fligê desde 2016, Ester salientou que montar a feira em homenagem a Castro Alves foi um verdadeiro desafio. “Castro Alves é um poeta de múltiplas facetas e algumas delas são desconhecidas do grande público. Foi um abolicionista, abordou a natureza, mas também foi um escritor de peças de teatro. Então, nessa Fligê, ele será apresentado com ajuda dos artistas que protagonizam a feira, ainda como um escritor e produtor teatral”. 

Ainda no Centro Cultural, a conferência ‘Castro Alves: o filho da terra em imagens afrofuturistas’ discutiu com a plateia o que a prosa e a poesia de Castro Alves podem oferecer ao diálogo com as distopias afrofuturistas. As provocações feitas pelo dramaturgo e estudioso da obra do poeta, o romantista baiano Edvard Passos, ressaltaram os conflitos e contradições presentes no texto de crítica social de Castro Alves. 

Já na Praça dos Garimpeiros, o Sarau do Poeta, liderado pelo ator Jackson Costa (pandeiro e poesia) e pelos músicos Sidney Argolo (percussão), Joaquim Carvalho (violão e voz) e Dinho Sant’Ana (violino e bandolim), colocou a plateia para dançar na noite fria mucugeense. 


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