O site AratuOn de Salvador divulgou nesta quarta-feira (19) que o ex-prefeito de Belo Campo e presidente da União dos Municípios da Bahia (UPB), José Henrique Tigre, conhecido como Quinho, está sendo investigado pela Polícia Federal em um suposto esquema de compra de votos e lavagem de dinheiro na campanha de 2024.
A compra de votos teria sido para a eleição de sua esposa, Léia Meira (PSD), que obteve 4.272 votos, sendo a segunda vereadora mais votada de Vitória da Conquista. O esquema envolveria também desvio de recursos de financiamento eleitoral, com a utilização de candidaturas laranjas.
As investigações da Polícia Federal apontam que eleitores recebiam entre R$ 100 e R$ 150 para votar em Léia. Além disso, motoristas por aplicativo recebiam R$ 400 para plotar veículos com imagens da campanha da então candidata.
Outra frente da investigação apura a transferência irregular de mais de dois mil eleitores de Belo Campo, cidade da qual Quinho era prefeito à época, para Conquista.
Sobre as candidaturas laranjas, pelo menos cinco das seis investigadas teriam recebido verbas públicas por meio das cotas femininas do PSD, sendo que o montante seria aplicado na candidatura de Léia, que recebeu R$ 80 mil pelo dispositivo.
Quinho e Léia pediram foro especial para que o caso fosse julgado pelo Tribunal Regional Eleitoral da Bahia (TRE-BA), em vez da 39ª Zona Eleitoral de Vitória da Conquista, onde o inquérito está atualmente. No entanto, o juiz Rodrigo de Souza Britto negou a solicitação em decisão proferida no dia 11 de março. A defesa do ex-prefeito e da vereadora ainda não se manifestou.