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“Laranjas” receberam cerca de R$100 mil em Conquista, aponta operação da PF

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Foto: reprodução TV Sudoeste

A polícia Federal deflagrou, nesta terça-feira (2), uma operação para coibir a ação de “laranjas”, pessoas que cedem contas bancárias para receber dinheiro proveniente de ações criminosas. Os agentes começaram a cumprir 43 mandados de busca e apreensão, em 13 estados e no Distrito Federal. 

A operação ganhou o nome de “Não Seja um Laranja” e, segundo a PF, “o montante de fraudes bancárias eletrônicas investigadas totaliza R$ 18,2 milhões”. Na Bahia, Vitória da Conquista foi a única cidade a ter a operação realizada.  Foram cumpridos 2 mandados de busca e apreensão e 6 medidas cautelares.  No munícipio baiano, a fraude é de cerca de R$100.000,00 (cem mil reais). Todas as pessoas envolvidas não poderão sair da área delimitada pela justiça.

Em entrevista à TV Sudoeste, no Bahia-Meio Dia, o delegado da PF, Rodrigo Kolbe, explicou a operação. Segundo ele, os fraudadores realizaram invasões nas contas correntes das pessoas e desviavam o dinheiro. 

“Esse crime de fraude eletrônica é um crime que envolve algumas pessoas no processo. Tem aquela pessoa que frauda o acesso a conta de terceiros, que ele ingressa na conta de terceiros através de mecanismos eletrônicos. de fraude Entrando seja no seu computador, seja no seu acesso a internet. Buscando de lá e furtando de lá dados da sua conta corrente. E a partir daí começam a fazer um acesso indevido na conta sua corrente para tentar retirar valores que estejam lá e distribuir para a quadrilha”, disse Kolbe. 

Segundo o delegado, após o furto, os fraudadores precisavam de contas “laranjas” para que o dinheiro fosse depositado. E explicou que geralmente os laranjas são pessoas próximas dos infratores ou que são pagas para o serviço ilícito.

“ Para isso eles precisam de contas destino para onde eles possam mandar esses valores. Essas contas destinos normalmente são utilizadas laranjas para que os preparadores de fato do crime não sejam identificados. Então esses laranjas podem ser desde parentes, amigos, pessoas do convívio social até pessoas que são literalmente contratadas para esse fim e para isso recebem parte dos valores”, explicou. 

De acordo com o delegado, os mandados foram executados e as pessoas foram ouvidas. E explicou que o próximo passo da operação é identificar os infratores responsáveis pela fraude. “Já detectamos que de fato eram laranjas mesmo no esquema assim como a gente previu na investigação e estamos agora buscando identificar de fato quem fraudou e quem se beneficiou diretamente desses valores ilícitos. As contas foram bloqueadas, os valores desviados foram bloqueados das contas das pessoas e nós estamos agora tentando caminhar para a segunda etapa que é ir atrás justamente dos fraudadores”, contou. 

O delegado da PF ainda alertou a população sobre as consequências do crime de emprestar contas bancárias para receber créditos fraudulentos. “Deixar esse alerta de que todos que foram laranjas, que foram alvo de busca e apreensão, que foram alvos de medidas cautelares de que as consequências também podem vim para eles”, ressaltou

Os suspeitos podem responder pelos crimes de associação criminosa, furto qualificado mediante fraude, uso de documento falso e falsidade ideológica. Somadas, as penas podem ultrapassar os 20 anos de prisão.


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