No começo de abril, a Superintendência Regional do Trabalho interditou a barragem de resíduos de minério do município de Maiquinique. O caso gerou grande repercussão na imprensa de todo o Estado. O risco de rompimento foi comparado ao das barragens de Mariana e Brumadinho. Em entrevista exclusiva ao Blog do Sena, Jesulino Porto, prefeito da cidade, contou que recentemente visitou o local e não observou risco de rompimento da barragem.
Jesulino conta, mesmo considerando-se leigo no assunto, que a barragem não oferece o risco que foi divulgado. Ele chegou a afirmar que a mídia fez “escândalo” com a notícia de interdição. “Eu mesmo fui até o local. Fiquei sabendo diante do escândalo que a TV Sudoeste fez dizendo que lá corria um risco maior do que Mariana e Brumadinho. Eu entrei dentro da barragem, peguei no material de resíduo, é areia e não lama”, disse. “Eu não consegui, mesmo sendo uma pessoa leiga, ver esse risco tão grande”, completou.
O prefeito garante que, mesmo diante de um rompimento, trabalhadores da mineradora e população próxima não seriam atingidos. “Jamais as águas atingiriam onde os 150 funcionários trabalham”, afirmou. “Caso ocorra um rompimento, zero de risco de atingir a população do distrito de Pouso Alegre”, reforçou
Jesulino contou também que esteve reunido com um funcionário da Mineradora Grafite do Brasil* (responsável pela barragem) que afirmou estar tentando regularizar a situação. No entanto, ainda segundo o prefeito, o mesmo disse não saber os motivos da interdição.
*A mineradora Grafite do Brasil é formada pelas empresas Samaca Ferros Ltda e Extrativa Metalquímica S/A .
Confira entrevista completa:
