A notícia da contratação de uma nova empresa sem licitação para o transporte público de Vitória da Conquista chamou atenção da população e de políticos da cidade. A prefeitura de Vitória da Conquista irá contratar a empresa Atlântico Transporte LTDA, que será responsável por operar o lote 2 do transporte coletivo urbano, substituindo a empresa Cidade Verde. O problema é que a contratação será mais uma vez sem licitação e irá custar R$14,4 milhões aos cofres públicos, de acordo com o diário oficial dessa segunda-feira (5).
O autor do projeto pedido de impeachment do prefeito de Vitória da Conquista, Herzem Gusmão (MDB), por alegado uso indevido de verbas públicas na contratação de serviços de transporte público com dispensa de licitação, é o advogado e vereador David Salomão (PRTB). Em entrevista ao Blog do Sena sobre essa nova contração, Salomão disse que “parece que não tem lei na cidade. Nós apresentamos o processo de impeachment porque o prefeito não pode contratar, a administração pública não pode contratar com empresa privada sem licitação, todo mundo sabe disso”.
O projeto de impeachment foi protocolado, mas rejeitado pela Câmara Municipal de Vereadores, na manhã do dia 9 de setembro. Para o vereador “ele (prefeito) achou bom que a câmara salvou ele, a câmara blindou ele, porque o processo deveria ter sido aceito por ele ter contratado mais de 25 milhões de reais sem licitação e agora repete o feito, mais de 14 milhões”, ressaltou Salomão.
O vereador que é candidato a prefeito de Vitória da Conquista nas eleições 2020, ainda questionou o poder público: “cadê as autoridades? Ministério Público é correto o prefeito, a administração pública, contratar com empresa privada sem licitação?” E finalizou dizendo que nesta quarta-feira (07) irá denunciar mais uma vez na tribuna da Câmara de Vereadores.
Sem fazer licitação para o transporte público de Vitória da Conquista, o Governo Herzem, desde 2019, tem realizado contratações diretas para suprir a demanda do setor. Ao final da gestão do atual prefeito, a Prefeitura terá gasto mais R$ 50 milhões do recurso público para manter o sistema.
