Conforme já divulgado pelo Blog do Sena, o Terreiro de Xangô, do pai Lucas, no bairro Vila Elisa foi destruído durante a passagem de ano novo, do dia 31 de dezembro para o primeiro dia do ano em Vitória da Conquista. O suspeito foi identificado e conduzido ao Disep (Distrito Integrado de Segurança Pública), mas foi ouvido e, em seguida, liberado.
Na manhã desta quinta-feira (4), um grupo realizou uma manifestação na frente do Disep, com apoio do vereador Alexandre Xandó (PT), cobrando uma ação mais expressiva das autoridades de segurança pública. Em resposta ao clamor popular, o delegado Fabiano Aurich já afirmou que abrirá um inquérito para apurar a ocorrência.
Os residentes e frequentadores da terreiro apontam que o caso foi motivado por intolerância religiosa, uma vez que o homem depredou espaços dedicados às atividades religiosas e as imagens dos orixás, afirmando ainda que “isso é coisa do diabo”.
O homem havia sido solto porque, de acordo com o delegado da Polícia Civil, o foi acusado de dano ao patrimônio. O povo de santo demanda que o episódio seja enquadrado como intolerância religiosa, o que é crime e pode levar o autor de 2 a 5 anos de prisão.
De acordo com Aurich, o delegado que ouviu o suspeito teve o entendimento de que era crime de dano, “mas a abordagem jurídica pode ser alterada”, afirmou. Com a instauração do inquérito, testemunhas serão ouvidas e as circunstâncias do crime, averiguadas.
Além da devida apuração do caso, o delegado se comprometeu também a investigar outros episódios de violência que podem ter sido motivados por intolerância religiosa, como a agressão de Mãe Rosa, que ocorreu na Avenida Juracy Magalhães. A entrevista foi concedida pelo delegado Fabiano Aurich ao comunicador Ricardo “Gordo”.