Na última terça-feira (15), data em que se comemorou o Dia do Professor, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou a Lei que declara, oficialmente, o educador Anísio Teixeira como patrono da escola pública brasileira.
O título de patrono é uma homenagem concedida a brasileiros já falecidos que tenham contribuído excepcionalmente ao segmento para o qual atuaram em vida. A homenagem, que teve origem no Projeto de Lei da deputada Alice Portugal (PCdoB), foi aprovada pela Câmara em novembro do ano passado, e no Senado, em setembro deste ano.
Natural de Caetité (BA), Anísio Teixeira nasceu em 1900. Em 1922, formou-se em direito na Universidade do Rio de Janeiro (UFRJ). Considerado personagem central na história da educação no Brasil, Anísio Teixeira foi responsável pela difusão, nas décadas de 1920 e 1930, do movimento Escola Nova, que tinha como princípio a ênfase no desenvolvimento do intelecto e na capacidade de julgamento, em preferência à memorização. O educador também exerceu vários cargos executivos, atuando em defesa do ensino público.
Em sua biografia, Anísio Teixeira ainda foi conselheiro da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e participou ainda da criação de duas universidades: a Universidade do Distrito Federal (UDF), fundada em 1935 no Rio de Janeiro, e a Universidade de Brasília (UnB), em 1962, da qual foi reitor entre 1963 e 1964. Anísio Teixeira morreu aos 70 anos, em 1971.